Publicado em 13 de agosto de 2023 às 12:52
Atualmente, o Brasil tem convivido com diversos casos de violência com as crianças cuja origem pode ser atribuída ao bullying e à falta de assistência por parte das pessoas que estão ao redor. Segundo dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 40% dos estudantes admitiram ter sofrido bullying de provocação e intimidação na escola. Para piorar, nos últimos anos, esse problema furou a bolha escolar e migrou também para as redes sociais, atingindo um número ainda maior de crianças e adolescentes. >
De acordo com o educador e psicólogo Rossandro Klinjey, cofundador e embaixador da edtech brasileira Educa, esse tipo de comportamento passa muitas vezes despercebido na visão dos adultos por não conseguirem compreender e identificar as dores das crianças e dos adolescentes. “Muitas vezes, eles sofrem dores que acabam desacreditadas pelo fato de seus pais e professores já terem passado por experiências semelhantes e que aparentemente não lhes causaram grande impacto”, explica. >
Ainda segundo o educador, a criança que sofre dessa violência pode desenvolver transtornos alimentares, síndrome do pânico e outras formas de sofrimento psicológico. Todos esses danos podem ser evitados a partir da percepção de sinais e do acompanhamento profissional e apoio familiar. >
Visando conscientizar e contribuir para que os pais e os líderes educacionais consigam identificar tais indícios mais rapidamente, Rossandro Klinjey lista os 8 principais sinais que uma criança que sofre bullying pode apresentar: >
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O psicólogo explica que a reação mais comum nesses tipos de casos é o isolamento social. A criança que sofre com a implicação escolar tende a ficar cada vez mais retraída, buscando se afastar do convívio social, inclusive no âmbito familiar. Ficar sempre no quarto, se recusar a almoçar e jantar com a família são alguns exemplos de comportamentos típicos e que merecem atenção. >
Outra conduta é uma alteração radical de humor. Tristeza constante e irritação contínua, sobretudo diante de situações rotineiras, são sintomas aos quais os pais precisam se atentar, porque evidenciam que existe algo errado acontecendo. >
É importante ficar alerta também se existe alguma variação na relação da criança com a escola. Quando o estudante começa a pedir para não ir à aula ou evita comentar sobre o ambiente escolar, traz indícios de possíveis problemas nesse vínculo. >
Sintomas físicos injustificáveis também podem simbolizar que a criança tem convivido com dificuldades na escola. Dores de cabeça ou em diferentes partes localizadas podem ser indicativos reais de que o corpo está tentando fugir de uma situação ameaçadora . >
O rendimento escolar é outra situação que pode trazer evidências de que há anormalidades na relação entre o aluno e o ambiente escolar. Os pais devem estar atentos a quedas repentinas nas notas ou em caso de desmotivação súbita para os estudos. >
Toda família apresenta algumas características próprias rotineiras. Perguntas ou brincadeiras que são comuns tendem a ter respostas também comuns. Caso a criança ou o adolescente comece a apresentar reações distintas a essas ações cotidianas, pode ser um sinal de que há algum medo presente em seu interior. >
Mudanças de humor mais acintosas da criança ou adolescente, como choros ou irritações mais frequentes, também são indicativos comuns e preocupantes para casos de violência escolar. >
O aluno que convive com o bullying acaba sofrendo com estresse constante. Esse, por sua vez, tende a acarretar diversos transtornos que impactam a qualidade de vida das crianças. Um dos indícios mais claros pode ser percebido no sono. Dificuldades para ir para a cama e ter pesadelos constantes são alguns sintomas comuns nas crianças que estão lidando com problemas na escola. >
Por Rafael Nunes >
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