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Um projeto que revela a batida do meu coração

Após show de lançamento na minha terra, no meu Estado, o Bossa-Reggae está pronto para ganhar o Brasil e no próximo ano, o mundo, com uma turnê pela Europa e Estados Unidos

  • Rodrigo CX É pesquisador, músico, compositor, instrumentista, cantor e criador do Bossa-Reggae
Publicado em 30/11/2024 às 08h05

Melodias e ritmos contam histórias, celebram povos, suas raízes e culturas. Quando componho uma nova música, estou levando um novo ponto de vista que concebi, uma nova arte. Venho fazendo isso há 30 anos, e desde o início a fusão do reggae com outros estilos musicais é o tom dessa trajetória. Está na junção de ritmos, em composições autorais e em releituras de canções clássicas do Brasil e do mundo.

Quero contar aqui sobre o Bossa-Reggae. Hoje, após show de lançamento na minha terra, no meu Estado, o Bossa-Reggae está pronto para ganhar o Brasil e no próximo ano, o mundo, com uma turnê pela Europa e Estados Unidos. Fruto de uma pesquisa minha de muitos anos, que agora está destinada à atemporalidade. Um projeto que revela a minha sonoridade, e (porque não dizer?) a batida do meu coração.

Música, guitarra, violão
Música, guitarra, violão. Crédito: Pixabay

Com um olhar para a história e outro para a evolução musical, passei a pesquisar esses dois ritmos amados pelos quatro cantos do mundo. Como músico e pesquisador identifiquei algo que une os dois gêneros musicais: ambos têm o mesmo acento rítmico, porém, um fincado no samba, e o outro fincado no ska e no rocksteady.

A fusão entre eles acaba criando um ritmo único, cadenciado e com uma ampla possibilidade de levadas e grooves. Uni esses dois gêneros e o resultado é uma explosão de novas expressões e sonoridades, visões criativas e novas ideias, tanto em estúdio, como ao vivo.

O Bossa-Reggae é resultado de um longo processo de pesquisa, desde a época em que comecei a fundir o reggae com outros estilos musicais. Durante uma live, em 2020, apresentei pela primeira vez esse projeto. Nessa época, muitas fusões aconteceram. Misturei a bateria da bossa nova com o contrabaixo do reggae, a batida do reggae na guitarra com uma canção mais bossa nova. Também costumava inverter o violão bossa nova com a bateria reggae e um baixo mais bossa nova. Foi assim, fundindo tudo isso, lendo e pesquisando bastante, que esse projeto ganhou corpo.

Lançado nos palcos em Vitória e com uma seleção de canções que marcaram meus 30 anos na música, desde os tempos do início da Banda Salvação até o meu momento atual em carreira solo, assim como canções clássicas da MPB, todas foram transformadas nessa nova sonoridade.

O ponto de inflexão em que esses dois ritmos se encontram – e que me chamou atenção – é que eles celebram a beleza nas pequenas coisas, a gratidão, a positividade, o sol, o mar, a vida em sua simplicidade e delicadeza. Inovar na música e na cultura, para mim, é uma das chaves para conectar a sabedoria do passado com o frescor do presente, criando elos entre as gerações, para que tenhamos um futuro mais unido e belo.

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