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É especialista em neuropsicanálise clínica e psicologia positiva

Dia da felicidade: ser feliz é uma experiência única para cada pessoa

A verdade é que os sentimentos, positivos e negativos, precisam ser abraçados por nós. Na busca de sermos felizes esquecemos que não existe uma definição universal de felicidade que se aplique a todas as pessoas

  • Debora Guerra É especialista em neuropsicanálise clínica e psicologia positiva
Publicado em 20/03/2024 às 12h08

No filme "Divertida Mente", lançado pela Disney em 2015, a felicidade (emoção central da personagem principal, a Riley) tenta, constantemente, suprimir a tristeza, na tentativa de manter a protagonista do filme sempre feliz. Esse é um exemplo do que a maioria de nós fazemos: suprimimos as nossas emoções, as mascarando e esquecendo que somos seres complexos e com diversos sentimentos.

E, conforme a maturidade chega, vamos entendendo a complexidade das emoções. Hoje, dia 20 de março é celebrado o Dia Internacional da Felicidade, sentimento que muitos vivem em busca. Mas a grande pergunta é: como sentir essa emoção? Ela é constante? Como saber se estamos plenamente felizes?

A verdade é que os sentimentos, positivos e negativos, precisam ser abraçados por nós. Na busca de sermos felizes esquecemos que não existe uma definição universal de felicidade que se aplique a todas as pessoas. A percepção do que constitui esse humor varia significativamente para cada um, influenciada por uma série de fatores como cultura, valores pessoais, experiências de vida, contexto social e econômico, etc.

Embora possamos identificar temas comuns ou fatores que frequentemente contribuem para a sensação de felicidade entre muitas pessoas (como relacionamentos significativos, senso de propósito, saúde física e mental, entre outros), a experiência específica de felicidade é única para cada indivíduo. Reconhecer essa diversidade é fundamental para compreender a natureza da felicidade e como ela pode ser buscada e experimentada de maneiras que respeitem a individualidade de cada pessoa.

Essa constante procura pela felicidade é, na verdade, uma jornada vitalícia que envolve um processo de autoconhecimento, aceitação e crescimento. Não é como uma linha reta que leva a um destino final de contentamento absoluto, mas sim como um caminho sinuoso, repleto de altos e baixos, aprendizados e desafios. Esse sentimento não é um estado permanente, mas uma série de momentos e experiências que trazem satisfação, alegria e significado à vida de cada um.

Acredito que parte dessa busca envolve o equilíbrio entre aceitar a mim mesma e às circunstâncias da minha vida, enquanto também me esforço para crescer, mudar e melhorar onde posso. Isso significa aprender a encontrar contentamento no presente, enquanto também estabeleço metas e sonhos para o futuro. E demonstra também reconhecer e celebrar as pequenas alegrias e vitórias do cotidiano, mesmo em meio a desafios ou períodos de incerteza.

Felicidade, mulher, silhueta
Felicidade. Crédito: Jill Wellington/Pixabay

É também sobre criar uma vida que seja autêntica e significativa. E que envolve uma disposição para explorar o que realmente me traz alegria e propósito, e a coragem para perseguir essas coisas, mesmo quando elas vão contra as expectativas dos outros ou os caminhos mais fáceis. Uma jornada que nunca realmente termina, mas que continua a se desdobrar e a se revelar de maneiras novas e surpreendentes à medida que eu cresço e mudo ao longo do tempo.

Nesse processo, é essencial que seja praticado o autoconhecimento, pois ele nos capacita a identificar com clareza o que nos traz verdadeira alegria e contentamento. Cada pessoa é única, e o que funciona para uma pode não funcionar para outra. Portanto, é importante experimentar diferentes práticas e observar quais delas ressoam mais com você e contribuem significativamente para o seu sentido de felicidade.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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