Da lama à violência: estamos nos acostumando a tragédias diárias

A segurança não é apenas proteger a vida dos cidadãos. Ela vem da prosperidade econômica, da educação e do emprego

Publicado em 08/09/2019 às 17h06

Brasil na Lama: tragédias estão se tornando comuns no país

Rômulo Augusto Penina*

Agosto completou mais um ano desde que perdemos Herbert de Souza, popularmente conhecido como Betinho, um sociólogo reconhecido pela sua grande trajetória na luta contra as injustiças sociais. Entre muitos temas defendidos em vida estava a luta contra a fome.

“A fome tem pressa”, já disse Betinho. Sua vida como pessoa humilde entrará para a história de nosso país. Mas não podemos esquecer de suas lutas e conquistas como ser humano. Suas batalhas devem ser olhadas como exemplo para as novas gerações. Querido Betinho, se você estivesse vivo, agradeceria a Santa Madre Teresa pela sua nobre missão: Pobreza não é um defeito humano, mas um crime.

Mas para além da tragédia da fome que ainda persiste no Brasil e no mundo, mesmo em pleno século 21, várias outras tragédias continuam. Todos os dias, nos cercam a violência, a corrupção, a falta de saúde de qualidade, a educação que não chega para todo mundo, o desemprego que assola milhares de brasileiros, uma economia estagnada...

Enquanto isso, nossas florestas ardem em fogo e loucos ainda envenenam as árvores e o meio ambiente, fazendo o meio ambiente morrer dia após dia. Que tal se cada um nós adotássemos uma árvore? O planeta agradeceria.

Até hoje vozes foram caladas em Brumadinho enquanto a saudade de familiares ecoa em busca de justiça e paz. No dia a dia das cidades, os cidadãos continuam morrendo de forma inesperada. No Rio de Janeiro, prédios desabam, e famílias choram. No Espírito Santo - que Deus tenha piedade de nós -, presenciamos problemas além da criminalidade e das drogas.

É nesse contexto social que o papel da igreja ganha ainda mais destaque. Ela deve ajudar o povo a pensar e a buscar soluções políticas, espirituais e sociais.

A segurança não é apenas proteger a vida dos cidadãos contra ameaças e a tranquilidade. Ela vem da prosperidade econômica, da educação e dos bons empregos que possam ser oferecidos. Chega de corrupção! Queremos o fim da pobreza, da fome, da violência e do desemprego. Queremos sossego e paz todos os dias.

*O autor é ex-reitor da Ufes

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