Currículos devem analisar a inteligência emocional dos profissionais

O indivíduo esquece que o saber vai muito além do conhecimento obtido em bibliotecas universitárias

Publicado em 15/07/2019 às 17h15

Inteligência emocional

Illyana Magalhães*

Quando falamos sobre inteligência, logo nos vem à mente o Q.I. Aquela tão falaciosa e ultrapassada ideia do quociente de inteligência que é medida através de testes há muito defasados. Entretanto, nos foge a ideia de que a inteligência perpassa qualquer resultado que possa ser obtido através de meros testes operacionais.

Poder-se-ia afirmar que inteligência é um conceito amplo e que foge de nosso conhecimento simplista, mas por ora podemos compreende-la como a soma de fatores pessoais e interpessoais que desaguam em um denominador comum, qual seja: saber utilizar o que você possui, no momento e na hora certa.

Saber reter e aplicar o conhecimento. Ou seja, não basta ser o mestre dos cálculos quando não se sabe a matemática da vida. Não basta ser um doutor em línguas, quando inexiste capacidade de compreendê-las quando ditas ou ouvidas.

A grande celeuma do século XXI corresponde a profissionais com excelentes currículos, porém, pobres em matéria emocional, resultando em baixos índices de evolução pessoal e profissional. O indivíduo esquece que o saber vai muito além do conhecimento obtido em bibliotecas universitárias e rejeita a realidade que a vida nos oferece um novo problema a ser resolvido a todo momento. Ou seja, se não tiver um bom emocional, não há conhecimento que o salve dos emblemas da vida diária.

A verdade é que pouco, ou quase nada, se sabe acerca da inteligência emocional. Há muito estudiosos tentam implantar técnicas no sentido de aprimorar tal inteligência que, acaso perdida, põe em xeque todo e qualquer tipo de “inteligência livreira”. Um indivíduo com alto QI e uma péssima inteligência emocional resultaria em grandes perdas de aprendizado, eis que sua capacidade de retenção, absorção de conteúdo e conhecimento estariam altamente prejudicados.

Necessário se faz, portanto, a implantação da inteligência emocional aos nossos currículos na esperança de que possamos aplicar nosso conhecimento de forma sadia e altamente produtiva, não deixando que nossos sentimentos exacerbados influam em nossa vida pessoal e profissional.

*A autora é advogada

A Gazeta integra o

Saiba mais
curriculo

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.

A Gazeta deseja enviar alertas sobre as principais notícias do Espirito Santo.