Publicado em 14 de setembro de 2023 às 19:54
Luz, câmera... Ou melhor, estabilizador, celular, ação! As inovações tecnológicas seguem trazendo diversos impactos e transformações para o jornalismo, no que se refere à entrega do conteúdo ao público. Um exemplo claro é o surgimento do formato mobile, que ganha força por inovar em linguagem. >
Na última terça-feira (12), os alunos da 26ª turma do Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta puderam conhecer mais sobre o novo formato a partir de uma aula conduzida por Kaique Dias, repórter da TV Gazeta.>
Nessa oportunidade, Kaique trouxe a seguinte temática aos residentes: “Como fazer reportagem de TV com uma câmera na mão”. Com nove anos de Rede Gazeta, o repórter passou a desenvolver matérias com o uso do formato mobile em fevereiro de 2023 e, a partir de então, vem trazendo uma perspectiva diferente em suas reportagens, principalmente no programa Bom Dia ES. >
“É algo que sempre deve ser testado. Não tem receita certa. Depende da situação que se encontra”, diz.>
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Para esse tipo de produção, o repórter deve contar com um estabilizador, responsável por evitar a trepidação; um celular, para as gravações; e um microfone de lapela, com objetivo de fazer captações em áudio. É preciso também checar se há luz ambiente.>
Kaique Dias
Repórter da TV Gazeta
Porém, antes de realmente entrar em ação, o repórter da TV Gazeta faz um destaque importante: “Eu faço um roteiro para edição”. O material é utilizado com o propósito de dar um direcionamento à reportagem e apontar o que deseja no conteúdo final, tendo sempre em mente que se trata de um trabalho em equipe.>
Feito o roteiro, é o momento de entrar em cena. Nesse tipo de linguagem, que traz consigo o dinamismo e a interação com o público, o visual é um fator determinante. “A gente trabalha muito com o visual. Se você não tem algo diferente, acaba sendo monótono”, relata Kaique.>
A produção desse formato carrega esses conceitos – dinamicidade e interatividade –, que estão diretamente relacionados a “uma linguagem utilizada em vlog, em rede social, para a TV”, explica o jornalista. Nesse ponto, vale se atentar a pauta, afinal de contas, é necessário um assunto descontraído e, ao mesmo tempo, visual.>
A pauta sobre o Dia Mundial da Bike é um exemplo. Kaique circulou por Vitória e conversou com o capixaba, trazendo o olhar do público sobre a bicicleta, que vai além de um meio de transporte.>
Outra matéria desenvolvida a partir da linguagem mobile é a do Festival de Forro de Itaúnas, um evento que reúne átrações do forro pé de serra. O jornalista trouxe diferentes visões dos forrozeiros, que vêm de todos os cantos do Brasil. Trata-se de uma festa característica do distrito do município de Conceição da Barra.>
Kaique trouxe a proposta da nova linguagem para a redação multimídia. Ainda assim, não tinha total domínio do formato mobile e aprendeu a lidar com a novidade ao longo da trajetória na Rede. “Questões técnicas são mais difíceis de absorver, mas com o tempo você pega”, retrata.>
As aplicações técnicas na linguagem estão ligadas ao manuseio do estabilizador, noção de iluminação e uso do microfone de lapela e do aparelho celular.>
De acordo com o repórter, cuidados técnicos fazem a diferença durante a gravação dos conteúdos. São detalhes complementares, até porque é preciso usar “ técnica a favor da história". "Ela que vai fazer com que a pessoa assista o trabalho”, indica o jornalista.>
As transformações digitais ocorrem dia após dia. É uma constante evolução, que abarca novos aplicativos, diferentes equipamentos, atualizações dos smartphones. Porém, além de se atentar à tecnologia, é importante não perder de vista a linguagem usada no formato mobile.>
*Vitor Gregório é aluno da 26ª turma do Curso de Resiidência em Jornalismo da Rede Gazeta. Esta matéria foi produzida sob a supervisão da editora do programa, Andréia Pegoretti>
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