> >
PF faz busca e apreensão para investigar empresas ligadas a Jucá

PF faz busca e apreensão para investigar empresas ligadas a Jucá

Operação investiga empresas suspeitas de pagar propina a Jucá e mais dois senadores

Publicado em 8 de novembro de 2018 às 13:54

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
O senador Romero Jucá durante sessão plenária . (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Polícia Federal deflagrou hoje operação para fazer busca e apreensão em nove endereços no estado de São Paulo. O senador Romero Jucá (PMDB-RR) é um dos alvos da investigação, mas as buscas estão sendo realizadas em locais relacionados a empresas suspeitas de pagar propina a ele em 2012. Sete dos endereços ficam na capital paulista. A Braskem é a empresas sob investigação, conforme informaram envolvidos na operação. Além de Jucá, outros dois senadores são investigados, segundo informa a Procuradoria Geral da República (PGR), a partir de fatos originados da delação premiada de executivos da Odebrecht, entre eles o ex-presidente do grupo, Marcelo Odebrecht.

Em nota, a PF não citou o nome do senador nem o da Braskem. Mas informou que a operação de hoje, batizada de Armistício, "tem como objetivo investigar o recebimento de vantagem indevida por senador da República, relacionados à edição, no ano de 2012, de uma resolução do Senado que se destinava a restringir a chamada guerra fiscal nos portos brasileiros".

Segundo a PF, a propina chegaria a R$ 4 milhões e teria sido paga por "uma grande empreiteira que tinha interesse na edição do ato". As buscas foram autorizadas pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal.

DELAÇÃO PREMIADA

O Ministério Público Federal informou que "as medidas cautelares executadas pela Polícia Federal têm o propósito de reunir provas de crimes contra a Administração Pública e lavagem de dinheiro. Embora o esquema investigado envolva a atuação de parlamentares federais, os políticos não são alvos desta fase da operação. Três senadores estão entre os investigados no inquérito instaurado a partir de informações fornecidas por executivos da Construtora Odebrecht em acordo de colaboração premiada", diz a nota divulgada na manhã desta quinta.

O MPF informou ainda que os alvos das buscas realizadas hoje "atuaram como intermediários para viabilizar o pagamento de vantagens indevidas por parte da construtora aos parlamentares investigados". Também segundo a procuradoria,"documentos que instruem a investigação revelam que os pagamentos foram feitos em espécie e se iniciaram logo após a aprovação da matéria no Senado, o que aconteceu em 24 de abril de 2012".

Este vídeo pode te interessar

Na petição que enviou ao STF para pedir autorização das buscas, a procuradora-geral Raquel Dodge informou que a investigação já reuniu "indícios da prática de corrupção e lavagem de dinheiro e que as medidas solicitadas (buscas) são imprescindíveis para a coleta de provas, especialmente para esclarecer se e em que circunstâncias foi feita a transferência de dinheiro ilícito a agentes públicos".

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais