Todos os contratos do governo do Estado com as organizações sociais para administração de hospitais serão reavaliados pelo novo governo, que toma posse no dia 1º de janeiro. A informação é do governador eleitor Renato Casagrande (PSB), durante anúncio de membros do seu secretariado, na manhã desta sexta-feira (21).
"Vamos avaliar esses contratos. De todos. Tem alguns que estão com problemas. O com o Himaba precisa de avaliação rápida. Não estou dizendo que seja problema da organização social, não. Pode ser problema da forma de contratação. O secretário terá que fazer a avaliação", afirmou Casagrande.
O socialista deixou claro que a reavaliação não significa que os contratos serão automaticamente anulados ou que as parcerias com entidades privadas sejam malvistas. Pelo contrário. Tanto ele quanto o futuro secretário de Saúde, Nésio Fernandes (PCdoB), defendem as parcerias com empresas.
Nésio pontuou que a maneira como o Estado mede o cumprimento de metas pelas organizações que administram hospitais é feita de forma "rudimentar". Para ele, é possível adotar métodos mais modernos para avaliação dos serviços.
"As metas são genéricas e a avaliação da equipe que vai 'in loco' é rudimentar. Vai 'in loco' abrir prontuário, ver documento, ver papel. Com TI você pode abrir o banco de dados e ter acesso a tudo em tempo real de muitos indicadores do hospital", disse Nésio.
O OUTRO LADO
O atual secretário de Saúde, Ricardo Oliveira, afirmou não haver problemas com o atual modelo de contratação das organizações sociais.
"O modelo de contratação não tem nenhum problema. É um modelo que aumenta eficiência. O Casagrande fez duas. No Hospital Jayme Santos Neves, no Hospital São Lucas. A do São Lucas precisamos mudar. Tem que haver controle público. O que tem que fazer, se tiver problema, é aprimorar o modelo, não tem um modelo melhor que o outro. Não adianta ficar olhando para trás para desqualificar o que foi feito. Isso é política de baixa qualidade", afirmou.
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