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Carne de cachorro: Vigilância alerta sobre cuidados após prisão em Guarapari

Carne de cachorro: Vigilância alerta sobre cuidados após prisão em Guarapari

Consumidor deve ficar atento a questões como data de validade e selo de inspeção na hora de comprar carnes. Família foi presa por abater animais domésticos e comercializá-los

Publicado em 19 de outubro de 2019 às 20:48

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Família é presa acusada de comercializar carne de cachorro em Guarapari. (Esthefany Mesquita)

Após a prisão de família em Guarapari que abatia animais domésticos para comercialização —também de linguiças — a gerente estadual de Vigilância da Secretaria de Estado da Saúde do governo do Estado, Kelly Rose Areal, alerta para os cuidados que o consumidor deve ter na hora de comprar carnes.

A fiscalização da produção, do transporte e da comercialização de carne fica a cargo do governo federal e dos municípios. Nesse sentido, o comprador deve ficar atento sobre a procedência do produto que consome. “Observar a data de validade, verificar se há o selo de inspeção do Ministério da Agricultura, ou do Estado e município de produção são questões importantes”, aponta. 

Em relação à prática deflagrada em Meaípe, no município de Guarapari, a gerente da Vigilância também explica que se trata de crime previsto na legislação brasileira. “Não é permitido o abate para consumo de carne de gato e cachorro. A lei número 9.605 diz que isso configura maus-tratos a animais. Quem consumiu, por acaso, carne de animais domésticos, deve ficar alerta às questões de saúde decorrentes”, explica.

Dentre os sintomas que devem ser observados, no caso de o animal ter sido infectado por bactéria ou parasita, estão náuseas, gastroenterite, febre e dor de cabeça. “Apresentando esses sintomas, a pessoa deve procurar um serviço de saúde, que avaliará se isso tem relação com o tipo de carne ingerida”, finaliza.

Com informações de Diony Silva.

ATÉ LINGUIÇA

Após a prisão de pai, mãe e filha, acusados de matar cachorros e vender a carne, em Guarapari, nesta sexta-feira (18), a polícia investiga se eles também faziam linguiças com as carnes dos animais abatidos. "Temos informações de que além da venda, eles também faziam linguiça . Agora, precisamos saber se eles passavam in natura ou se também fabricavam a linguiça", detalhou o delegado Marcelo Santiago, titular da Delegacia de Infrações Penais e Outras (Dipo) de Guarapari.

A polícia investiga também a participação de mais um suspeito de envolvimento no crime. "Essa família mantinha os animais em casa, fazia a retirada da carne e vendia para uma terceira pessoa que estaria vendendo a carne na feira da região", explica o delegado.

Tenente Clícia, da Polícia Militar, e o delegado Marcelo Santiago, da Polícia Civil de Guarapari. (Esthefany Mesquita)

Maurício Hott Peixoto, Angela Débora Seraphin Lopes e Ana Carolina Seraphin Hott Peixoto foram presos na casa da família em Meaípe. A polícia encontrou 52 animais, entre cães e gatos, e diversas ossadas de animais mortos. "Eram diversos sacos de ração que estavam cheios de ossos", contou a tenente da Polícia Militar, Clicia.

Ao ser detida, a família falou para a polícia que eles eram protetores dos animais e, por isso, tinham tantos gatos e cachorros na residência. "Não acreditamos nessa versão. De longe já tínhamos provas suficientes para saber que se tratava de crime. Além disso, os animais não tinham ração, nem água. As fezes e urinas estavam espalhados por todo lugar", relatou o delegado.

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