Nos registros da memória do Espírito Santo há histórias de criminosos que mexeram com o imaginário dos capixabas. Tramas policiais cinematográficas, que foram retratadas nas páginas de A Gazeta décadas atrás e que agora ganham uma nova narrativa na série de podcast Vidas Bandidas, que estreia na próxima quinta-feira (5), nas principais plataformas digitais de áudio.
Os podcasts são programas de áudio disponibilizados na internet, para escutar quando e onde quiser. Mas, além de ouvir os episódios, os internautas poderão conhecer detalhes das histórias no formato de quadrinhos animados e ainda assistir a vídeos que revelam os bastidores da reportagem na época.
Na primeira temporada de Vidas Bandidas, vamos retratar três casos policiais: as fugas cinematográficas do Centro de Detenção de Vila Velha, na década de 60, protagonizadas por Pedro Grosso; os crimes cometidos por Edmilson Cândido do Rosário, que nos anos 70 tinha fama de matador e também de Robin Hood capixaba; e o temperamento cruel de Jorge Come-Cru, temido no Noroeste do Estado, na década de 50, por devorar seus inimigos ainda vivos. Confira abaixo o resumo dos podcasts que serão lançados no dia 05:
PEDRO GROSSO
Pelo menos 20 fugas, algumas até pela porta da frente da delegacia. A ousadia de Pedro dos Santos, o Pedro Grosso, enfureceu as autoridades policiais da década de 60. Entre suas artimanhas estão os buracos escavados na parede, camuflados por dias, e grades serradas até com a ajuda de saliva. Em sua última escapada, por exemplo, ele conseguiu driblar um grande aparato militar de segurança, pulou um muro de mais de 10 metros de altura e deu fuga a outros companheiros de cela.

EDMILSON CÂNDIDO DO ROSÁRIO
“Eu sou o Edmilson. Ninguém reage, senão morre”. A frase ameaçadora ficou conhecida na Grande Vitória, nos anos 80. Afirmando ter sido vítima de uma injusta prisão, após ser acusado de roubo, Edmilson Cândido do Rosário, o Negão, ganhou notoriedade por uma uma sequência de assaltos e assassinatos cometidos após sair da cadeia. Ganhou fama de perigoso, mas também de solidário, ao distribuir o fruto dos roubos para comunidades carentes de Vitória.


JORGE COME-CRU
Maxilar quebrado, língua arrancada, corpo devorado. Assassinatos com requintes de crueldade com a vítima ainda vida. A história de barbárie que parece ficção foi registrada em documentos dos anos 50 e narrada por testemunhas que viveram o terror de conhecer Deroci Laurindo da Silva, o Jorge Come-cru. Considerado um dos maiores pistoleiros da história capixaba, ele atuava como segurança do professor baiano Udelino Alves de Matos durante a tentativa de criar o Estado União de Jeová no Noroeste do Espírito Santo.
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