Colunista de Esportes

Flamengo conquista a Libertadores e pinta a América de preto e vermelho

Mérito de um elenco que não se abateu e contou com o brilho do iluminado Gabigol, autor dos gols da vitória. Um Flamengo com alma de campeão, foi o que se viu dentro de campo.

Publicado em 23/11/2019 às 19h55
Gabigol brilhou na final da Libertadores. Crédito: NAYRA HALM
Gabigol brilhou na final da Libertadores. Crédito: NAYRA HALM

O jejum acabou. O Flamengo é bicampeão da Libertadores! O Rubro-Negro superou o River Plate por 2 a 1 com direito a um roteiro dramático,em que o coração se sobrepôs ao nível técnico e conduziu o time comandado por Jorge Jesus à glória na noite deste sábado (23), no Estádio Monumental, em Lima, no Peru. Mérito de um elenco que não se abateu após ser dominado em boa parte do jogo e contou com o brilho do iluminado Gabigol, autor dos gols da vitória. Um Flamengo com alma de campeão. O título parecia perdido, mas um time vencedor luta até o fim mesmo em meio às adversidades. Foi o que se viu dentro de campo. Na final em jogo único, o clichê diz que tudo pode acontecer, e neste caso, o inacreditável vestiu rubro-negro e a América está pintada de preto e vermelho.

Caso perdesse o título para o River Plate não seria nenhuma vergonha. Do outro lado do gramado o Fla encarou um time de muita qualidade, que tem jogadores experientes e jogou de forma inteligente. Também é importante reconhecer que o tímido favoritismo atribuído ao Flamengo, apesar de confirmado com o título, foi potencializado pelo grau de comparação do time rubro-negro aos rivais do futebol brasileiro, que hoje em sua grande maioria estão alguns degraus abaixo no mundo da bola. A final deixou nítido que o River não é qualquer time, fato que apenas enaltece a conquista do Fla. 

O JOGO

Uma final pede um nível de concentração acima do natural. O River Plate apertou a marcação no campo de ataque e fez o Flamengo ter uma postura reativa. Caracterizado pelo futebol agressivo e envolvente, o time de Jorge Jesus não conseguiu responder à altura, inclusive apresentou um índice de erros inesperado. Em uma dessas falhas, os argentinos abriram o placar. Apagão coletivo. Primeiro Filipe Luís errou ao afastar a bola, o River recuperou e foi à linha de fundo. Arão e Gerson não tiraram a bola após cruzamento, e Borré solto, com Rafinha apenas olhando, balançou as redes.  

Após o gol, o Flamengo ainda sofreu com as investidas do River Plate e demorou a reagir. Muitos erros de passe dificultaram a saída de bola rubro-negra. Os atacantes ficaram isolados boa parte do primeiro tempo. O River seguiu mais perigoso mesmo já com um ritmo menos intenso na reta final.  

O cenário no início do segundo tempo não foi diferente. O River seguiu melhor no jogo enquanto o Flamengo ainda sem a aceleração que o jogo pedia. Como a marcação alta exige demais de uma equipe, os argentinos sentiram o peso do desgaste. Foi quando o tão estimado técnico Marcelo Gallardo cometeu um erro fatal ao apostar em Lucas Pratto. O River Plate, que já havia desistido de jogar futebol para tentar segurar a vitória, convidou o Flamengo para o seu campo de defesa. Momento que definiu o jogo.  

Como Pratto era incapaz de segurar uma bola no ataque, o volume de jogo do Flamengo aumentou e o trio de ataque entrou em cena com efetividade pela primeira vez. Aos 43 minutos, Gabigol aproveitou jogada de Bruno Henrique e Arrascaeta, e empatou o jogo. O lance atordoou  o time argentino, que perdeu o controle e viu um ataque avassalador que terminou com a bola nas redes após forte chute de Gabigol. O resto é história.

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