Publicado em 25 de maio de 2024 às 14:48
A Polícia Civil de Goiás (PCGO) indiciou por feminicídio o fisiculturista Igor Porto Galvão pelo assassinato da esposa, Marcela Luise de Souza Ferreira, que morreu vítima de espancamento, em Goiana.>
Marcela tinha ferimentos no corpo que pareciam ter sido provocados por um acidente de carro. Segundo informações da delegada Bruna Coelho, o laudo feito pelo médico legista contrapôs a versão apresentada pelo fisiculturista de que a mulher teria sofrido uma queda do equivalente a própria altura.>
"O médico legista chegou a dizer que (as lesões) são compatíveis com a queda de grandes alturas ou até mesmo (com fraturas provocadas) em acidentes automobilísticos por conta da extensão", afirma Bruna Coelho, delegada da PCGO.>
Fisiculturista tinha a intenção de matar a esposa. "Não há dúvidas que a intenção dele era realmente matar a companheira. Pelos elementos que nós colhemos, observamos que as lesões são totalmente incompatíveis com uma queda da própria altura", declarou a delegada.>
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Igor espancou Marcelo com socos e chutes e tinha um comportamento "agressivo e explosivo", ressaltou Coelho. De acordo com a investigação, testemunhas descreveram o fisiculturista como uma pessoa "encrenqueira", que costumava se envolver em discussões.>
Vídeo mostra o momento em que Igor levou Marcela para o hospital. Nas imagens, é possível ver o fisiculturista, sem camisa, retirar a esposa de dentro de um carro com a ajuda de funcionários da unidade de saúde. Marcela foi hospitalizada no dia 10 de maio e passou dez dias internada até vir a óbito em decorrência das lesões sofridas.>
Suspeito tinha histórico de violência contra a mulher. Igor já havia sido denunciado com base na lei Maria da Penha por um ex-namorada e pela própria Marcela, que chegou a ter uma medida protetiva contra o fisiculturista. Conforme a delegada, na época a vítima e o marido viviam no Distrito Federal, mas a medida foi arquivada um mês depois porque os dois reataram o relacionamento.>
Defesa de Igor disse lamentar a morte de Marcela, mas afirmou não haver provas que sustentem a prisão preventiva do fisiculturista. Em nota, a defesa alegou que seu cliente "não interferiu no bom andamento da investigação" e que a perícia realizada pela polícia foi "inconclusiva".>
"A defesa vai entrar com os pedidos cabíveis a fim de que a prisão preventiva seja substituída por medidas cautelares diferentes do cárcere. Toda e qualquer manifestação adicional se dará preferencialmente nos autos processuais", afirma nota da defesa.>
Igor levou Marcela ao hospital de Goiânia alegando que ela caiu da própria altura, informou a Polícia Civil. O socorro foi registrado em 10 de maio. A mulher passou dez dias em coma antes de morrer.>
A equipe da unidade de saúde desconfiou dos ferimentos de Marcela. A polícia foi acionada e, diante do histórico de violência do homem, inclusive contra uma ex-namorada, o prendeu preventivamente.>
Nas redes sociais, ele se apresentava como nutricionista e coach fitness. O perfil dele, com mais de 12 mil seguidores, foi fechado no último domingo.>
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.>
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.>
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 (Central de Atendimento à Mulher) e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.>
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