Garotas radicais
Confira as histórias delas
Para elas, surfar é mais do que praticar um esporte: garante prazer, alegria, confiança, resiliência, autoestima, amizades e paz de espírito. Já passaram dos 40 anos. Mais experientes e cheias de energia, sabem que ainda têm muita estrada - ou melhor, água - pela frente, o que lhes dá bastante fôlego para encarar um horizonte de altas ondas.
Conheça nossas personagens. A partir da direita, Janda Tamara Sousa, Raquel Hamasaki, Suzana Hamasaki e Rosane Biazussi: elas formam as "Long Sisters"
"Fui a primeira menina a surfar de long aqui no Estado. Sofria muito preconceito por ser mulher"
Remar exige esforço, cuidado. Tem o peso da prancha. E o da idade. Veja dicas que nossas surfistas dão para quem quer se aventurar no mar
Não vai ser fácil no início. Você vai ter dificuldades para ficar em pé na prancha, vai cair diversas vezes, vai ter medo das ondas, vai tomar caldos, se machucar até. Não desista!
Respeite seus limites e, acima de tudo, a natureza. Ela é mais forte que você. Não a enfrente a todo custo
Há muitas escolinhas de surfe. Faça umas aulas. Vai ser importante entender um pouco de teoria sobre o mar, a maré, aprender a contar as ondas…
Mulheres costumam ser muito amigáveis, acolhedoras. Se encontrar um grupo, apresente-se, ouça conselhos, observe como elas fazem. Você poderá fazer grandes amizades!
Surfar não é moleza! Queima bastante caloria! Mas é fundamental fortalecer articulações e musculaturas para não se lesionar. Fazer musculação ajuda. Joelhos, quadris e coluna são as partes que mais sofrem. Vale fazer uma atividade aeróbica para ter mais preparo cardiorrespiratório
Surfar exige hábitos saudáveis. Não combina com noitadas na balada! Surfistas acordam cedo e gostam de ir para o mar de manhãzinha, quando o vento costuma estar mais fraco, o que garante ondas mais perfeitas
O surfe é uma excelente atividade física. Mas também ajuda a relaxar a mente, desestressar. Faça dele uma terapia, um momento precioso para você se conectar consigo mesma e com a natureza
"Sou outra pessoa! Minha vida é em função disso. Claro que sou mãe, trabalho, cuido de casa, mas tudo isso na perspectiva de ‘surfar amanhã’. Deixo de sair à noite, ir para barzinho se vai passar do horário e me atrapalhar a surfar no dia seguinte", diz a servidora pública de 42 anos
"Se a pessoa se determina a surfar, ela se programa e faz. Pode não surfar tão bem, mas vai se divertir, fazer amizades, criar essa relação especial com o mar, que é nosso playground. Eu aprendi depois dos 40 anos! Se eu consegui, outras também podem!"
"Meu lugar predileto é atrás da arrebentação. É estar lá na água. É o que recarrega minhas energias. Tomar caldo, sentir aquele cheiro de maresia cedinho... A vibe toda é muito legal!"