> >
Tratamento para branquear pênis causa polêmica na Tailândia

Tratamento para branquear pênis causa polêmica na Tailândia

Ministério da Saúde alerta sobre possíveis efeitos colaterais

Publicado em 5 de janeiro de 2018 às 13:16

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
O Lelux Hospital, em Bangcoc, Tailândia, passou a oferecer um novo serviço para os homens. (Atittayapa Photiya | Facebook )

O branqueamento não é novidade em países asiáticos, onde a pele escura é muitas vezes associada a trabalhos externos, logo, a classes sociais inferiores. Mas um tratamento oferecido na Tailândia está levando esta prática ao extremo e provocando polêmica no país. O Lelux Hospital, na capital Bangkok, anunciou o serviço de branqueamento de pênis.

No fim do ano passado, a clínica especializada em cirurgias plásticas publicou em sua página no Facebook um anúncio do tratamento. Em apenas dois dias, a publicação foi compartilhada mais de 19 mil vezes. A repercussão foi tamanha que o Ministério da Saúde divulgou um comunicado, questionando a real necessidade de tal procedimento e alertando para risco de efeitos indesejados.

O branqueamento é feito com a aplicação de laser para quebrar a melanina da pele. Ou seja, é dolorido. A BBC conversou com um paciente que passou pelo tratamento, que explicou sua motivação.

— Eu queria me sentir mais confiante com minhas roupas de banho — comentou, sem se identificar.

Segundo a clínica, cerca de 30 homens passam pelo tratamento todos os meses. O serviço foi lançado há seis meses, após um cliente reclamar sobre manchas escuras na virilha. Mas nas redes sociais, a maioria questionou a real necessidade de tal procedimento.

“Pode ser usado como uma tocha. Faça-o brilhar”, brincou um internauta, enquanto outra disse não estar “preocupada com a cor”, mas “com o tamanho e os movimentos”.

Segundo Popol Tansakul, gerente de marketing do hospital, informa que o procedimento custa US$ 650 por cinco sessões, o equivalente a R$ 2,1 mil. A clínica também oferece o branqueamento de vagina para as mulheres.

— Os pacientes começaram a pedir pelo branqueamento de pênis, então iniciamos o tratamento — explicou, dizendo que alguns pacientes vêm até mesmo de outros países, como Myanmar e Camboja. — Ele (o tratamento) é popular entre homens gays e travestis que tomam cuidado com suas partes íntimas. Eles querem ficar bonitos em todas as áreas do corpo.

Contudo, o Ministério da Saúde questiona a necessidade de se branquear o pênis e alerta para possíveis efeitos colaterais, como dores, inflamação e cicatrizes, e até mesmo efeitos no sistema reprodutivo e nas relações sexuais.

Este vídeo pode te interessar

“O branqueamento a laser do pênis não é necessário, desperdiça dinheiro e pode ter mais efeitos negativos que positivos”, informou o ministério, em comunicado.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais