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Teste do pezinho pode detectar até 50 doenças

Teste do pezinho pode detectar até 50 doenças

Campanha chama atenção para importância do exame em bebês

Publicado em 9 de junho de 2019 às 00:23

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A advogada Lumma Dellaqua levou a filha, Manuela, com cinco dias de vida, para fazer o exame: "Chorou só na hora da picada". (Golias Engelhardt/Divulgação)

Depois da picadinha no calcanhar, um chorinho que passou logo. Foi assim com a pequena Manuela, que, com cinco dias de vida, fez o famoso teste do pezinho. “Ela chorou só na hora da picada mesmo. É um exame superimportante. Meu outro filho, o Benício, fez também no quinto dia de vida”, conta a mãe da menina, a advogada Lumma Rodrigues Dellaqua, 32 anos.

O teste do pezinho é um exame de sangue coletado no pé do recém-nascido. Fácil, rápido e praticamente indolor, ele é uma das principais formas de diagnosticar precocemente várias doenças genéticas no bebê.

É sobre isso que trata a campanha Junho Lilás, realizada em todo o país com o objetivo de chamar a atenção para o exame, que deve ser feito após as primeiras 48 horas de vida da criança e pode detectar até 50 doenças.

É um exame obrigatório, oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Basta levar o bebê em uma unidade básica de saúde.

É possível fazer também por meio de convênio médico ou via particular em laboratórios privados ou ainda na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais do Espírito Santo (Apae), em Vitória. A entidade tem o único laboratório do Estado habilitado com tecnologia para fazer a análise desse tipo de exame.

COLETA

 

“Atendemos pelo SUS e uma parcela do privado. Outros laboratórios fazem a coleta e encaminham para a gente. E outros mandam o teste para fora do Estado”, explica Cristina Augusta Bravin, coordenadora do serviço de triagem neonatal da Apae de Vitória.

Lá, é possível fazer o exame básico, que identifica até seis problemas de saúde diferentes, ou optar pelos testes ampliados, que, conforme a necessidade, podem descobrir até 50 doenças que geram problemas no desenvolvimento motor e deficiência intelectual. Os exames podem custar até R$ 1,7 mil.

É imprescindível que o teste seja feito dentro do período recomendado, até o quinto dia de vida da criança. “O quanto antes for detectada a doença, mais rapidamente podemos começar a prevenção à manifestação dos sintomas. As doenças detectadas no teste costumam apresentar sinais tardiamente. E quando começam a se manifestar, já pode estar instalada alguma sequela na criança”, orienta Cristina.

Segundo ela, a entidade tem uma equipe de busca ativa que faz a reconvocação imediata dos pacientes com resultados alterados. “Além disso, possuímos uma equipe multidisciplinar – com médicos, psicólogo, assistente social, nutricionista – especializada em triagem neonatal, que faz o acompanhamento do paciente e sua família quando alguma doença é detectada.”

COMO FUNCIONA

- O exame permite identificar bebês com alta probabilidade de apresentar algumas doenças metabólicas, genéticas e/ou infecciosas que podem causar sérios danos à saúde e sequelas por toda a vida.

- O teste pode identificar doença falciforme, fibrose cística, hipotireoidismo congênito, entre outras. A versão ampliada, disponível somente na rede particular de saúde, pode detectar 50 patologias, como HIV e outras doenças infecciosas

- O ideal é que o teste seja realizado entre o 3º e o 5º dia de vida. A coleta tardia pode impedir que a suspeita e o diagnóstico sejam feitos no tempo correto e atrasar as intervenções.

- Nele, é feito um pequeno furinho no calcanhar do bebê, praticamente indolor.

- O teste é obrigatório por lei e sua coleta é garantida e está disponível em todos os municípios brasileiros, sendo gratuito no Sistema Único de Saúde.

- Onde fazer: Pelo SUS, nas unidades de saúde ou na própria Apae de Vitória, que também realiza a coleta e o diagnóstico por meio do teste ampliado (este só no particular ou alguns convênios).

- Quando fazer: Na Apae de Vitória, das 7h30 às 16h

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Fontes: Apae Vitória e Sociedade Brasileira de Endocrinologia

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