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Amor na quarentena: casal já perdeu 3 passagens aéreas durante isolamento

Amor na quarentena: casal já perdeu 3 passagens aéreas durante isolamento

Daniela Lana e Julián Garcia não conseguem se ver porque moram em cidades diferentes.  "No atual cenário o que mais tem afetado é isso, não saber quando poderemos nos ver”, conta a capixaba

Publicado em 6 de junho de 2020 às 09:45

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Julián Garcia e Daniela Lana moram em cidades diferentes e já tinham programado três viagens
Julián Garcia e Daniela Lana moram em cidades diferentes e já tinham programado três viagens. (Divulgação)

A bancária Daniela Lana, 34 anos, e Julián Garcia, 32, que é engenheiro e professor, se viram pela última vez no final de fevereiro. O amor, que já era na ponte aérea (ela mora em Vitória, ele em Brasília) ganhou uma pitada a mais de angústia. “Já perdemos três passagens de avião nesse período. Voos que não aconteceram por conta da pandemia, nunca deixamos a próxima data de viagem em aberto. No atual cenário o que mais tem afetado é isso, não saber quando poderemos nos ver”, conta a capixaba.

A história é daquelas de filmes. Eles se conheceram nos Jogos Olímpicos do Brasil, em 2016, por conta de um esbarrão num samba da Lapa. Trocaram telefone. No dia seguinte, ela tinha certeza que aproveitaria a praia, só não esperava a chuva que caiu naquele dia. Do outro lado da linha, o colombiano tinha um ingresso sobrando para um jogo do Brasil. “Dei o telefone dele para uma amiga e fui”, lembra, rindo. Ficaram horas conversando, rolou o primeiro beijo e, no dia seguinte, ela voltou pro Espírito Santo. O reencontro aconteceu somente em 2018. “Nunca deixei de ter carinho por ele. Quando decidiu conhecer Vitória percebi que estava apaixonada”, conta Daniela.

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Acho engraçado porque as pessoas estão fazendo videoconferência e essa já é nossa realidade há muito tempo. Três vezes por semana fazemos um ‘date’ virtual

Daniela Lana
Bancária
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Para Julián, o namoro à distância nunca foi problema. “A gente conseguia se ver pelo menos uma ou duas vezes por mês, agora o mais complicado é não ter certeza de como as coisas vão estar num futuro próximo, para poder marcar uma viagem para o nosso encontro sem risco. Essa é a parte difícil, porque mantemos o contato todos os dias e tentamos fazer coisas juntos, como assistir filmes”, conta ele, que sente falta de abraçar, de rir juntos, de caminhar, de fazer trilha e de tomar banho de cachoeira. Ela acrescenta: “Acho engraçado porque as pessoas estão fazendo videoconferência e essa já é nossa realidade há muito tempo. Três vezes por semana fazemos um ‘date’ virtual, conectamos no Netflix e assistimos, como se estivéssemos juntos. Além de brindar com nossas bebidas favoritas. Sempre tivemos esse cuidado de se sentir próximo. Mas durmo e acordo com saudade”.

O ‘date’ do dia 12 será virtual. Se tudo sair como o esperado, em julho o engenheiro desembarca em Vitória. O namoro pós-quarentena será ainda mais forte. “Aprendemos a dar valor a presença física. Estamos mais sensíveis e empáticos, já que um acaba sendo o apoio do outro. Tô muito feliz de ter ele na minha vida. Vou sair com o meu sentimento ainda mais fortalecido”, conta a capixaba.

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