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ONG realiza trabalho de preservação há 20 anos

ONG realiza trabalho de preservação há 20 anos

Ao todo são mais de 20 ações de cuidados e preservação com o meio ambiente nas cidades do Sul do Espírito Santo

Publicado em 14 de dezembro de 2020 às 12:20

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Papagaios preservados pela ONG Caminhadas
Papagaio-Chauá, espécie que está em risco de extinção, no projeto da ONG Caminhadas. (Matheus Martins)

Preservar. Essa é a palavra que motiva um grupo de amigos, que há 20 anos decidiu realizar ações em favor do meio ambiente. A Ong Caminhadas e Trilhas tem no seu currículo mais de 20 medidas de sustentabilidade.Tudo começou com a preservação de uma área de Mata Atlântica.

Localizada a 11 km do centro de Vargem Alta, em São Benedito, a Reserva de Particular de Patrimônio Natural (RPPN) Mata da Serra foi criada após o presidente da Ong, João Luiz Madureira, ter adquirido a propriedade com o irmão.

“Observamos que era riquíssimo em animais, várias nascentes do Rio Novo e muita Mata Atlântica. Depois que ficamos nós dois resolvemos transformar em uma RPPN. Hoje, temos preservados mais de 14 hectares de mata pura”, disse o presidente.

Segundo ele, o início não foi nada fácil, os vizinhos não gostaram nada da ideia de não explorar a região e mantê-la o mais intacta possível. Mas resistir aos olhares reprovadores foi importante. Com o tempo os vizinhos entenderam a importância de preservar, e isso fez do local um dos poucos que tem plano de manejo conhecido.

Pássaros em reportagem feita por Matheus Martins, referentes ao projeto desenvolvido pela ONG Caminhadas
Espécies de pássaros presentes na região contemplada pela ONG Caminhadas. (Matheus Martins)

Esse plano é um livro que registra a propriedade no instituto Chico Mendes e cataloga todas as espécies. "Este livro traz informações sobre os cuidados com a trilha, área de incêndio, as 150 espécies de aves, 15 de mamíferos e as diversas aranhas e anfíbios encontrados na região”, ressaltou o presidente.

Soltura

A região também é usada pelo Ibama como área de soltura de animais silvestres criados em cativeiros. Ao todo são cinco locais de ambientação e adaptação de aves , como o papagaio-Chauá, espécie que está em risco de extinção. Depois que os animais passam por esse período, eles têm uma nova chance de voltar para à natureza.

Ave se alimentando em um dos projetos da ONG Caminhadas
Ambiente de soltura e adaptação das aves resgatadas pela ONG Caminhadas. (Matheus Martins)

Floresta Urbana

Das florestas verdes, para a floresta de concreto! A ong não se preocupa apenas de estar onde poucos têm acesso. Na cidade também desenvolvem um projeto que planta árvores em diversas partes da cidade, é o Florestas Urbanas. Cerca de 300 árvores foram plantadas, e o começo foi pelo bairro Independência, em frente à Igreja de Nosso Senhor dos Passos.

“A gente percebia essa carência na cidade, e as sombras que essas árvores oferecem, provam que deu certo. As primeiras mudas foram esses ipês rosas, conversamos com os moradores da região e hoje, é um sucesso na comunidade”, disse!

Cachoeira ONG
Área da Mata Atlântica da ONG Caminhadas. (Matheus Martins )

E é um sucesso mesmo, que diga o produtor e feirante, Lucimar Amaro das Neves, que a vários anos monta sua barraca às quartas-feiras no bairro. Viu essas árvores crescerem! “Quando comecei a vir pra cá, não tinha esse arvoredo, e vi esse ipês todos crescerem, desde novinhos. É importante ter plantio de árvores na cidade e no interior, para trazer mais benefício para a gente mesmo”, disse.

Restinga

No litoral, as ações de preservação continuam, com um projeto de preservação da vegetação de restinga. Os membros da Ong cercam as áreas onde a vegetação nativa cresce e monitoram constantemente para evitar qualquer tipo de depredação. No mesmo local, ficam as corujas-buraqueiras, seus ninhos são feitos nessa vegetação, por isso que quando se preserva restinga, protege-se também essas aves.

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“Produzir água não é apenas plantar meia dúzia de árvores, é manter o ambiente equilibrado. A gente sente os pássaros agradecendo, parece que as aves reconhecem a gente. E todo esse trabalho vale a pena”, finaliza Luiz.

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