O incremento de novas plataformas digitais com o objetivo de promover aprimoramento no processo de ensino-aprendizagem. Essa é a proposta da Escola da Ilha para o ano de 2021. Mas, já neste ano, uma das novidades criadas durante a pandemia da Covid-19 foi a disciplina intitulada Multimídias.
O conteúdo passou a ser ministrado para as turmas de 6º ao 9º ano do ensino fundamental, no retorno às aulas presenciais dos estudantes, ocorrido no mês de outubro. As atividades estavam suspensas em todo o Estado desde o mês de março, por determinação do governo, para evitar aglomeração e o contágio pelo vírus.
A diretora-pedagógica da instituição, Ignez Martins, explica que a ideia surgiu da necessidade de educar o olhar dos alunos dessa faixa etária, e promover discussões sobre o que faz parte de sua cultura e vivência. Segundo ela, a disciplina enfatiza uma abordagem lúdica, busca exemplos da vida cotidiana dos estudantes em contato com as tecnologias e as mídias sociais.
É importante ensinarmos aos jovens, desde a educação básica, como usufruir dessa pluralidade de mídias para se expressarem, sem cair em suas armadilhas. É preciso saber identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais, argumenta.
Ignez Martins relaciona alguns dos temas que serão abordados na disciplina Multimídias:
Ela acredita que a escola pode estabelecer novos vínculos na relação com o aluno por meio das tecnologias, mas ressalta que a aplicabilidade no dia a dia escolar não deve desvirtuar a linha pedagógica da instituição. Com o retorno das atividades, a escola oferece ensino híbrido: aulas on-line e presenciais.
O corpo pedagógico da Escola da Ilha entendeu que as novas práticas, tanto do trabalho remoto, quanto o retorno das atividades presenciais, exigem uma postura diferente dos professores e também dos alunos. Durante a pandemia, a escola esteve atenta também às demandas socioemocionais dos alunos.
Esse trabalho se dá muito a partir das percepções que os professores têm em relação ao aluno. Foi um trabalho pontual, à medida que percebíamos a necessidade de intervenção. Fizemos atendimento individualizado, tanto da coordenação quanto dos professores, salienta.
Ignez Martins conta que o papel da escola foi dar orientações que ajudassem a comunidade escolar a se adaptar à nova realidade. Uma questão pontual é a dos adolescentes. Por mais que a tecnologia encante, o diferencial foi a falta de contato com os colegas. Eles vivem momento de mudança, querem experimentar coisas diferentes, precisam de contato físico e não tinham mais o espaço do diverso, pontua.
Em diálogo constante com as famílias, a unidade escolar promoveu diversos momentos de interação como gincana, trabalhos voltados à instituição de caridade. A reinvenção é a palavra de ordem, sem se distanciar dos princípios da escola. Não podemos deixar perder nossos valores educacionais, assegura Ignez Martins.
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