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Turquia adia operação na Síria após saída de tropas dos EUA

Turquia adia operação na Síria após saída de tropas dos EUA

Uma das razões para o adiamento é evitar o risco de evitar ataques acidentais às tropas dos EUA em retirada

Publicado em 22 de dezembro de 2018 às 12:14

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U.S. President Donald Trump visits the Suresnes American Cemetery, near Paris, as part of the Paris commemoration ceremony for Armistice Day, 100 years after the end of the First World War, France, Sunday, Nov. 11, 2018. (Christian Hartmann/Pool Photo via AP). (Christian Hartmann)

A Turquia vai adiar uma operação militar programada para ocorrer no norte da Síria, depois que os Estados Unidos anunciaram a retirada das tropas americanas do país, na quarta-feira (19).

Uma das razões para o adiamento é evitar o risco de evitar ataques acidentais às tropas dos EUA em retirada.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse nesta sexta (21) que a campanha militar começará nos próximos meses e apoiou "cautelosamente" a decisão de Washington de encerrar sua participação nos combates na Síria, que há sete anos passa por uma guerra civil que devasta o país e deixou mais de 511 mil mortos.

Erdogan critica há tempos a estratégia americana na Síria porque os EUA apoiam no norte do país as YPG, milícias curdas consideradas pela Turquia como um grupo terrorista e uma extensão do PKK, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão.

O presidente disse que os EUA decidiram pela retirada de seus cerca de 2.000 soldados após ele ter garantido ao americano Donald Trump que a Turquia pode erradicar os remanescentes do Estados Islâmico na Síria apenas com apoio logístico das forças militares de Washington.

Em discurso em Istambul, Erdogan disse que a Turquia trabalhará em planos para eliminar o EI e as YPG da região.

"Estaremos trabalhando em nossos planos operacionais para eliminar integrantes do EI, que permanecem intactos na Síria, de acordo com nossa conversa com o presidente Trump", disse.

Erdogan aprovou a decisão de retirada de tropas de Trump, que classificou de "a declaração mais clara e encorajadora" de Washington.

Ele disse, no entanto, que a Turquia permanece cautelosa citando "experiências negativas do passado".

Mais cedo, o ministro de Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, já havia dito que o país saúda a decisão do governo dos EUA.

Durante uma visita a Malta, o ministro falou da necessidade de coordenar a retirada com os Estados Unidos e disse que todos os países precisam estar vigilantes em relação aos remanescentes do Estado Islâmico.

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Ele também alertou que a retirada não deve criar um vácuo que possa ser preenchido por grupos terroristas. Cavusoglu disse que a comunidade internacional precisa se concentrar em um "processo político" para o futuro da Síria.

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