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EUA e Turquia 'trabalharão juntos' na Síria, diz secretário americano

EUA e Turquia 'trabalharão juntos' na Síria, diz secretário americano

Em visita à Ancara, Rex Tillerson afirma que situação será "resolvida com prioridade"

Publicado em 16 de fevereiro de 2018 às 15:10

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Bandeira dos Estados Unidos. (Divulgação)

Estados Unidos e Turquia não seguirão "atuando cada um por sua conta" na Síria e desejam "trabalhar juntos" para superar a crise atual, declarou nesta sexta-feira em Ancara o secretário de estado americano, Rex Tillerson.

— Não vamos seguir cada um por sua conta, com EUA fazendo uma coisa e Turquia fazendo outra. Trabalharemos juntos e temos bons mecanismos para alcançar esse objetivo. Ainda há muito trabalho a fazer — disse Tillerson ao se reunir com o ministro das relações exteriores turco, Mevlut Cavusoglu.

Os dois países afirmaram que vão estabeleceram um "mecanismo" comum para resolver "com prioridade" a situação na cidade síria de Manbij, local em que há militares americanos e onde a Turquia ameçou extender sua ofensiva contra uma milícia curda aliada de Washington. O anúncio vem após a Turquia pedir, na quinta-feira, que os Estados Unidos expulsem a milícia curda que integra as Unidades de Proteção Popular (YPG) das Forças Democráticas Sírias (FDS), sua principal aliada da coalizão de combate ao Estado Islâmico (EI).

O governo turco vê as YPG como uma extensão do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que há décadas é inimigo das forças militares turcas e, assim, considerado uma formação terrorista por Ancara. Enquanto também tenta exterminar os jihadistas do Estado Islâmico, a Turquia quer evitar que os curdos sírios estabeleçam uma região autônoma no Norte da Síria, ao longo da fronteira, o que poderia fortalecer o PKK. No mês passado, o país lançou uma ofensiva militar contra a região de Afrin, no noroeste da Síria, dominada por curdos, elevando as tensões com os EUA.

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Já o governo americano tem nos combatentes curdos sírios os seus aliados mais eficazes para combater os jihadistas em solo, e anunciou seu apoio bélico à mílicia em 2017, enquanto provê armas, treinamento e assistência militar a grupos rebeldes moderados. No entanto, Washington também considera o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) um grupo terrorista, seguindo a Turquia, seu parceiro na Otan e um dos mais importantes aliados no Oriente Médio.

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