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Em fuga em massa, 58 presos escapam de prisão na Venezuela

Em fuga em massa, 58 presos escapam de prisão na Venezuela

Detentos cavaram buraco de 60 centímetros em celas superlotadas de centro policial

Publicado em 16 de março de 2018 às 21:52

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Presos cavaram buraco na parede para escapar de prisão onde tuberculose, violência e desnutrição mataram 65 no ano passado. (Twitter/ONG Ventana a la Libertad)

Numa fuga em massa durante a madrugada, 58 presos escaparam de um centro policial da famosa ilha de Margarita, na Venezuela, através de um buraco cavado na parede, segundo uma autoridade militar. Segundo uma ONG local, a abertura tinha apenas 60 centímetros de largura e 40 centímetros de altura, mas foi o bastante para a cena cinematográfica. Quatro dos fugitivos já foram recapturados.

As celas em que a fuga aconteceu são de responsabilidade da polícia de Nueva Esparta, estado a que a ilha de Margarita pertence. O superlotação nas prisões da Venezuela obriga as forças de segurança a usarem centros policiais, onde os detidos não devem passar mais de 48 horas por lei, como lugares de confinamento permanente.

A ONG, que estima que o superlotação nestas unidades atinge 400%, denunciou que 65 pessoas (62 presos, um parente e um policial) morreram em 2017 em confrontos pelo controle das celas e por sofrimentos associados a desnutrição e tuberculose.

Em 2011, o governo lançou um plano para adaptar penalidades aos padrões internacionais e acabar com a violência entre grupos inimigos, mas os confrontos ainda são comuns.

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O crime é um dos flagelos dos venezuelanos, que vivem uma grave crise econômica e política. De acordo com o Observatório Venezuelano de Violência, em 2017 houve cerca de 26 mil mortes violentas no país, uma taxa de 89 a cada 100 mil habitantes. O índice é 14 vezes superior à média mundial.

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