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Ineos faz dobradinha, mas título do Tour de France é quase de Roglic

Ineos faz dobradinha, mas título do Tour de France é quase de Roglic

Etapa 18 do Tour de France teve Kwiatkowski e Carapaz, da mesma equipe Ineos,  nos primeiros lugares. Mas alegre mesmo está Primoz Roglic, que manteve a vantagem...

Publicado em 17 de setembro de 2020 às 13:50- Atualizado há 4 anos

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(Carapaz faz um carinho em Kwiatkowski , seu parceiro na equipe Ineos, no momento que cruzam a chegada desta quinta do Tour de France. Faltam três etapas e o esloveno Roglic está com o título bem encaminhado (AFP)

O esloveno Primoz Roglic está com as duas mãos para no troféu do Tour de France-2020. Na etapa desta quinta-feira, o esloveno não venceu (o triunfo ficou com um ciclista da fuga), mas o capitão da Jumbo Visma chegou em quarto lugar no pelotão que cruzou 1m51s/1m53s atrás dos ponteiros e manteve a diferença para os dois únicos concorrentes que ainda podem tirá-lo do topo: o também esloveno Tadej Pogacar (da Emirate e 51s atrás), que ficou em quinto; e o colombiano Miguel Angel López (da Astana) que chegou no pelotão e está com 1m27 de deficit.

O vencedor da etapa foi Michal Kwiatkowski, polonês da Ineos. Ele chegou abraçado com o seu companheiro de equipe, o equatoriano Richard Carapaz, ambos com o tempo de 4h47min33s. Os dois estão muito atrás em tempo e não têm mais chances de título na geral (camisa amarela). Mas Carapaz assumiu a liderança na disputa de melhor escalador (camisa branca de bolinha).

A grande vantagem de Roglic é que restam apenas mais três etapas, duas delas planas (quando todos os concorrentes ao título pela classificação geral chega blocado com o mesmo tempo) e uma etapa de contrarrelógio, onde Roglic é historicamente mais veloz do que Pogacar e López. O caneco é logo ali.

No início, briga pela camisa verde

A etapa foi bem movimentada. Como tratava-se de um percurso para montanhistas, a organização colocou logo no início uma disputa de pontos para os velocistas (camisa verde). Nela, o líder por pontos Sam Bennet, irlandês de Quick Step, levou a melhor sobre o segundo colocado, o eslovaco Peter Sagan. Assim, aumentou a sua diferença em mais cinco pontos. Agora, Benett, que nunca levou a camisa verde para casa, tem 298 pontos, contra 246 de Sagan (que venceu sete das últimas oito edições) e tem tudo para destronar o Rei dos Sprinters.

Carapaz assume a liderança de melhor escalador

Depois dessa briga de velocistas, as atenções ficaram para a batalha dos escaladores. E a Ineos tinha uma estratégia definida: ganhar os pontos nas chegadas nos picos mais altos das montanhas e atenuar a frustração neste Tour de France (a equipe era a favorita e tinha o campeáo de 2019, Egan Bernal, que abandonou a prova na terça-feira). Assim, a Ineos soltou Richard Carapaz na fuga, com Michal Kwiatkowski de gregário. Eles praticamente só tiveram como concorrente Pello Bilbao (espanhol da Bahrain). Carapaz fez os pontos que queria e assumiu a liderança na briga pelo título de melhor escalador, agora com 74 pontos contra 72 de Tadej Pogacar.

Abraço amigo na chegada

Como a vantagem era boa para o pelotão, que vinha com mais de 1m20s atrás, Carapaz e Kwiatkowski rumaram para a chegada sem sustos. E para brindar a boa performance da equipe, ambos chegaram abraçados (com Kwiatkowski ligeiramente na frente para confirmar a primeira posição).

Top 3 chegam e Primoz mantem a vantagem

Depos, com 1m51s de diferença, chegou o primeiro ciclista a encabeçar o pelotão. Van Aert, da Jumbo, fez um sprint tático: o belga garantiu os 4s de bônus e evitou que Pogacar, vice-líder do Tour e que estava na roda do líder Roglic (companheiro de Aert na Jumbo) pudesse ser o Top3 e diminuísse a diferença na classificação. Sem chance de chegar em terceiro, Pogacar apenas cruzou meia roda atrás de Roglic, com o mesmo tempo do compatriota, 2s atrás de Aert.

A disputa desta sexta-feira

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A etapa 19, que ocorre na manhã desta sexta-feira (com transmissão da ESPN 2, às 10h) tem 166km e vai de Bourg-En-Bresse até Champagnole. É uma etapa de montanha muito suave e tudo indica vitória de um velocista com o pelotão chegando em bloco. Há uma pequena possibilidade de triunfo da fuga, mas isso só deve ocorrer se Pogacar ou López apostarem num ataque suicida na reta final da prova tentando tirar tempo de Roglic. O mais seguro é imaginar um final em sprint frenético, pois é a última chance de Sagan se aproximar de Bennet. Ele precisará somar o máximo de pontos. Afinal, está 52s atrás de Bennet e, se não diminuir o deficit para a casa dos 20/25 pontos, praticamente entrará na última etapa (também plana) sem chance de ultrapassar o irlandês (para lembrar: a vitória de uma etapa no Tour vale 50 pontos; o segundo lugar, 30; e a pontuação caindo nas posições subsequentes).

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