O basquete do Espírito Santo recentemente revelou Pedro Nunes, Izabel Varejão e Didi Louzada. Agora mais um nome surge nesta geração promissora do esporte capixaba. Com apenas 15 anos e 1,97m de altura, o ala Rodolfo Rufino sagrou-se recentemente campeão sul-americano com a Seleção Brasileira é o um dos dois brasileiros que integram o time da NBA Academy da América Latina.
O projeto de desenvolvimento, mantido pela liga profissional norte-americana, tem sedes em quatro continentes e Rodolfo está no treinando e estudando no México. O jovem jogador, que iniciou a carreira no Álvares Cabral, conta que foi descoberto por um olheiro quando disputava uma competição pelo Pinheiros, de São Paulo.
- Comecei jogando pelo Álvares Cabral. Quando eu tinha 13 anos, fui jogar um Sul-Americano de clubes, no Rio Grande do Sul, e me destaquei. A partir daí fui convidado a jogar no Pinheiros, no ano seguinte. No time de São Paulo, continuei me destacando. Então um olheiro viu um jogo, me falou que essa academia da NBA seria aberta no México e me convidou para jogar.
Na NBA Academy, Rodolfo tem uma rotina pesada entre treinamentos e estudos. Desde maio na Cidade do México, o ala explica que nem deu tempo de conhecer a capital.
- A rotina é bem puxada. Acordo, tomo café e vou para a escola. Na sequência tenho academia e treinos específicos para cada posição, antes do almoço. Depois voltamos para a escola, onde ficamos até às 18h. À noite ainda temos treino com o time. Por isso, eu ainda não conheci muito por aqui. Mas eu sempre vou ao shopping com meus amigos e saio para comer alguma coisa.
Rodolfo mira a NCAA
Antes de pensar em um dia jogar na NBA, o capixaba tem como meta chegar à NCAA, liga universitária americana de basquete. E, para isso, além dos treinamentos pesados, Rodolfo se dedica aos estudos online. O ala explica que apesar de estar no México, ele estuda à distância em uma escola dos Estados Unidos.
- A gente estuda no computador, numa escola americana. Mas, mesmo assim, sou muito cobrado. Aqui na NBA Academy tem que ter uma nota mínima para jogar. E basicamente vou ficar aqui até a acabar ensino médio, porque um dos maiores objetivos é jogar na NCAA.
Nestes cinco primeiros meses, além dos estudos, Rodolfo Rufino vem evoluindo o seu jogo e voltando a se adaptar a jogar como ala, sua posição de origem.
- Há pouco mais de dois anos, no Álvares, eu jogava de ala. Porém, quando fui para São Paulo, acabei virando pivô. Agora, com 1,97m de altura, estou voltando a jogar de ala. Outra questão que estou trabalhando é a defesa. Uma das minhas maiores dificuldades ainda é marcar o jogadores mais rápidos.
Campeão Sul-Americano
No último dia 12, Rodolfo Rufino sagrou-se campeão Sul-Americano Sub-15 com a seleção brasileira. Na decisão, o Brasil derrotou o anfitrião Uruguai, por 65 a 57, com 12 pontos e 7 rebotes do capixaba. Além do título, a equipe garantiu classificação para a Copa América/Pré-Mundial Sub-16 2019. Apesar do placar apertado na final, Rodolfo afirma que a Seleção chegou à competição como favorita.
- Como a gente tinha feitos alguns amistosos contra equipes sub-17 do Rio de Janeiro, e acabamos jogando bem, chegamos já pensando que seríamos uns do favoritos ao título - destacou o jovem ala.
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