Há exatamente um ano, o empresário Juarez Gustavo Soares, tornava-se o 24º brasileiro e o primeiro capixaba a chegar ao local mais alto do mundo, o cume do Everest, que fica a 8.848 metros de altitude, localizado na Cordilheira do Himalaia, no Nepal.
As semanas de frio extremo, com temperaturas na casa dos 40 graus negativos, congelamento de dedos e outras extremidades, ferimentos pelo corpo, ar rarefeito, confinamento em acampamentos isolados, entre outras adversidades, serviram para fortalecer o elo entre o montanhista e a montanha. Uma experiência inesquecível.
Quando chegou ao ponto mais alto do planeta, Juarez e praticamente a maioria das pessoas ao redor do mundo nunca haviam ouvido falar de coronavírus, mas um ano após o feito realizado, o empresário se vê novamente em uma condição difícil e isolado. O desafio contudo não é escalar ou passar pelo gelo, desta vez ele é invisível. Os momentos vivenciados por lá, o ajudam a encarar a pandemia de Covid-19.
"O que passei por lá vale como uma experiencia in vitro. Essas analogias fazem muito sentido com a vida que vivemos neste momento. Na montanha, temos que cuidar da gente fisicamente e emocionalmente. É um período longo, exposto à adversidade e que coloca nossa saúde em risco. É a regra de ouro para uma expedição. Nesse sentido, a higiene é fundamental para se chegar ao êxito da expedição, assim como para superarmos essa pandemia", analisa Juarez.
A ansiedade e expectativa para voltar à normalidade pairam sobre todos, mas são situações que independem da vontade das pessoas. Lidar com essas sensações no Everest também auxiliam o empresário e quem está ao redor dele a superar o coronavírus.
Completamente recuperado das lesões causadas na histórica viagem, Juarez conseguiu se manter ativo no montanhismo. Depois do Everest, o empresário subiu o Morro do Forno Grande, em Castelo, no interior do Estado, foi ao Pico da Bandeira, ponto mais alto do Brasil e que fica na divisa entre o Espirito Santo e Minas Gerais, na Região do Caparaó, além de muitas investidas no Mestre Álvaro, definido por ele próprio como "quintal de casa".
Na ida ao Everest, Juarez contou com a participação dos amigos Giuliano Martins e Cesar Saade, formando a primeira expedição genuinamente capixaba na montanha. A dupla, contudo, tinha como objetivo realizar apenas uma subida parcial, enquanto Juarez, mais experiente, atacaria o cume.
Quando a pandemia passar, o empresário pretende retomar o projeto pessoal de completar os sete cumes mais altos do planeta. A ele falta chegar ao topo do Monte Denali, no Alasca.
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