Leitores debatem medidas para estimular contratação de jovens

Programa Verde Amarelo reduz de 30% a 34% os custos para o empregador, flexibiliza o trabalho aos domingos e taxa em 7,5% os trabalhadores que recebem seguro-desemprego

Publicado em 12/11/2019 às 13h20
Carteira de Trabalho. Crédito: Gabriel Jabur/Agência Senado
Carteira de Trabalho. Crédito: Gabriel Jabur/Agência Senado

O governo federal lançou na tarde desta segunda-feira (11) um pacote de medidas que pretende destravar a atividade econômica do país. O Programa Verde Amarelo, como foi chamado, vai desonerar a folha de pagamento para atrair empresas e gerar 4 milhões de empregos nos próximos três anos.

As mudanças valem apenas para jovens em início de carreira, de 18 a 29 anos de idade ganhando até 1,5 salário mínimo. As propostas, que reduzem de 30% a 34% os custos para o empregador, flexibilizam o trabalho aos domingos, estimulam o microcrédito e alteram regras  trabalhistas. entram em vigor imediatamente, mas precisam ser validadas pelo Congresso em até 45 dias.

Para as empresas, as vantagens serão as desonerações. Os patrões vão pagar apenas 2% de FGTS e 20% de multa do Fundo de Garantia, ficando livre dos encargos previdenciários e de encargos como Incra, salário-educação e Sistema S.

Para bancar o custo de programa para incentivar a contratação de jovens, o governo resolveu taxar em 7,5% os trabalhadores que recebem seguro-desemprego. Hoje, quem recebe o seguro-desemprego não é taxado.

As mudanças anunciadas tiveram recepção mista entre os leitores de A Gazeta. Confira alguns comentários:

Tem gente que acha mesmo que o mercado funciona ao bel-prazer das suas ignorâncias. O Estado só está facilitando que o mercado contrate nova força de trabalho, para treiná-la, prepará-la e ter um custo imenso até ter um profissional capacitado. E assim, como na cabeça de alguns, demiti-los para se beneficiar da alíquota menor para um recém-chegado. Realmente, tem pessoas que precisam de um Estado para guiá-las e para pensar por elas. Os demais agradecem pela iniciativa de fomentar a criação de emprego e renda. (Roque Neves Fagundes)

Isso, no meu ponto de vista, chama-se mão de obra barata. Acho que está na hora de conseguir é trabalho para os pais de família. Hoje está na moda gerar trabalho para jovens com encargos suaves para empresários, enquanto vemos milhares de pais de família desempregados. Acho que essa medida seria top depois de resolverem o desemprego dos que já começaram a vida profissional. (Nazareth Cristina Pedrosa)

Quem for contratado pelo programa vai receber FGTS menor. Além disso, a multa do FGTS em caso de demissão será metade da paga aos demais trabalhadores. Empresas não pagarão a contribuição patronal de 20% ao INSS. Para compensar essa desoneração, o governo vai cobrar 7,5% de INSS de quem recebe seguro-desemprego. (Marley Halex Gomes)

Melhor não gerar empregos, né? Melhor deixar jovem inexperiente sem trabalho e pessoas mais velhas desempregadas, certo? (Franklin C. Ribeiro)

Somente para jovens até 29 anos. Acima de 50 anos não entrará, pois o governo alega não ter dinheiro pra isso.  

Acima de 50 anos parece que não precisa mais trabalhar, mas o engraçado é que cada vez se aposenta mais tarde. O que será feita com a mão de obra de pessoas acima dos 50 anos, já que não há política de integração para essa idade. (Andréia Moura)

Parem de pegar assunto no vento, pelo amor de Deus. São pacotes e medidas para começar a tirar as pessoas do desemprego. Vão ser criados mais postos de empregos. A maioria não quer trabalho, quer emprego, ficar sentadinho bonitinho, ganhando muito bem. Agora trabalho, a maioria não quer. E também falta gente capacitada. O PT de Lula e Dilma fez muitos terem um diploma de faculdade, mas não criou mão de obra. O que falta é mão de obra para executar o serviço, gente para mandar já tem demais. A maioria dos jovens hoje não tem oportunidade do primeira emprego. (Eder Santos)

Vai é fazer com que as empresas demitam quem já está no mercado para contratar pelo novo modelo, isso sim. Mesma promessa da reforma trabalhista, que não diminuiu em nada o desemprego. O Fundo de Garantia do jovem trabalhador será de 2% (regularmente, é de 8%) e o valor da multa rescisória será de 20% em casos de demissão sem justa causa, metade dos 40% usualmente pagos. (Rosembergue Simonaci)

Excelente notícia, nunca vi um presidente tão esforçado para fazer algo para o Brasil! E mesmo assim é perseguido! (Rafael Silva)

Criticava a política de desoneração dos governos petistas e faz o que depois de eleito? Desonera geral. Pior, em cima dos direitos dos trabalhadores. (Luciana Honorato)

Por que não reduz impostos dos produtos para estimular o consumo, produção e consequentemente a contratação? (Jose Ravani)

Já já aparecem aqueles que acham que para ganhar mais ou ter mais emprego o empresário precisa empobrecer ou quebrar… (Siderlei Oliveira)

Como ficam as pessoas que são descartadas depois dos 40 anos? Essas, sim, merecem chance no campo de trabalho. (Elisangela Chisté)

Não basta estar desempregado, a certeza de não viver para aposentar e ainda pagar para não ter retorno em vida. Parabéns, você colhe o que planta. Eu não carrego essa culpa. (Marlene Ramos)

Isso é para facilitar a vida do empresário que sofre tanto no Brasil. Agora quem receber seguro-desemprego terá que pagar 7,5% ao INSS e, em contrapartida, o presidente vai isentar patrões de impostos trabalhistas...Vai vendo! (Maria Gorete Bins)

Se não cobra agora, vai te cobrar lá na frente quando aposentar. É melhor pagar agora e também acabar com o vício do seguro-desemprego e o bendito recebe e fica fazendo bico por fora . Valeu! (Heber Lacerda)

Não tem nada demais cobrar INSS de quem recebe seguro-desemprego, até porque no futuro vai ajudar na aposentadoria, porque se você receber seis vezes o seguro-desemprego, no mínimo vai ter que trabalhar uns dois anos a mais no futuro para se aposentar por tempo de serviço. (Manoel Nunes de Oliveira)

Engraçado que toda vez que falam em descontar alguma coisa, eles sempre dizem que é pra arrecadar bilhões. Quero ver se esses bilhões vão ser investidos em algo útil para a população. (Camila Gregorio)

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