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Suspensão de dois anos por doping tira Rafaela Silva da Olimpíada

Suspensão de dois anos por doping tira Rafaela Silva da Olimpíada

A atleta, representada pelo advogado Marcelo Franklin, entrará com recurso na Corte Arbitral do Esporte, última instância na esfera esportiva

Publicado em 25 de janeiro de 2020 às 13:43

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Em agosto de 2013, Rafaela Silva tornou-se a primeira brasileira a se sagrar campeã mundial de Judô. (Reprodução Instagram @rafaelasilvaa)

A judoca Rafaela Silva foi suspensa pela federação internacional por dois anos após ser flagrada em exame antidoping e perderá a Olimpíada de Tóquio caso não consiga reverter a decisão.

A atleta, representada pelo advogado Marcelo Franklin, entrará com recurso na Corte Arbitral do Esporte, última instância na esfera esportiva.

A informação foi revelada pelo site Globoesporte.com e confirmada pela Folha de S.Paulo.

Em nota, Rafaela afirmou que, por orientação de seu advogado, não irá se pronunciar sobre a suspensão até a decisão final da Corte Arbitral do Esporte. "Lutaremos até o fim pelo sonho de representar o meu país nas Olimpíadas de Tóquio 2020, pois sei que nada fiz de errado e que a justiça prevalecerá."

A atleta foi flagrada no exame antidoping com a substância fenoterol durante os Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, em agosto de 2019. Por decisão da Panam Sports, entidade que organiza a competição, a judoca perdeu a medalha de ouro que havia conquistado na categoria leve (-57 kg).

A carioca afirmou que a substância  entrou no seu corpo por meio do contato com a bebê de uma amiga e parceira de treino no Instituto Reação. Segundo Rafaela, a filha de Flávia Rodrigues tem a doença e faz uso dessa medicação.

O fenoterol tem efeito  broncodilatador e costuma ser usado para o tratamento de doenças respiratórias, como a asma. A substância causa aumento de performance, pois permite melhorar a troca gasosa entre o sangue e o pulmão.

"Eu tenho o costume de brincar dando o nariz para a criança ficar chupando, como se fosse uma chupeta ou uma mamadeira. O que pode ter acontecido é que, conforme ela ia chupando o meu nariz, eu ia inalando a substância e mandando para o meu corpo", explicou Rafaela, em setembro.

Esta foi a linha de defesa que o advogado dela na ocasião, Bichara Neto, seguiu na audiência por videoconferência no último dia 15. O contato com a criança teria ocorrido no dia 4 de agosto, véspera do embarque para Lima.

A judoca soube do caso de doping enquanto disputava o Mundial de Tóquio, no fim de agosto, quando conquistou a medalha de bronze e fez um novo teste, o qual deu negativo. 

No dia 8 de novembro, Rafaela anunciou que entraria em uma punição voluntária. Como ela ainda não havia sido julgada, ela poderia continuar a competir.

Uma das principais judocas da história do país, a carioca foi campeã olímpica na Rio-2016 e também venceu o campeonato mundial realizado na cidade em 2013. 

Veja nota oficial da CBJ (Confederação Brasileira de Judô)

A Confederação Brasileira de Judô seguirá acompanhando os desdobramentos do processo legal referente ao caso de doping envolvendo a judoca da seleção brasileira, Rafaela Silva, com a confiança de que a justiça prevalecerá.

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Rafaela Silva é campeã olímpica e mundial, exemplo de superação dentro e fora dos tatames e um dos maiores ídolos do esporte brasileiro. A CBJ prestará o suporte que lhe couber e só se pronunciará novamente após a decisão final do processo.

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