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Presidente do Atlético-MG quer linha de crédito do governo para os clubes

Presidente do Atlético-MG quer linha de crédito do governo para os clubes

Ele fez um alerta e apontou a possibilidade de os times do país quebrarem por causa da recessão econômica

Publicado em 29 de maio de 2020 às 16:08

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Atlético-MG
Presidente do clube aponta os impactos da pandemia de coronavírus no futebol brasileiro. (Reprodução Facebook)

Sérgio Sette Câmara, presidente do Atlético-MG, quer que o governo federal conceda linha de crédito aos clubes brasileiros em meio à pandemia do novo coronavírus. Ele fez um alerta e apontou a possibilidade de os times do país quebrarem por causa da recessão econômica.

"O futebol brasileiro está caminhando a passos largos para quebrar. Acreditem se quiser, mas não há perspectiva de volta, não temos receita nenhuma. Esse fato de que tem um atraso ou outro em um clube é irrelevante, porque você vai ter clubes com cinco, seis folhas em atraso. Ilude quem acha que a volta do futebol vai trazer receita. Nós não vamos ter bilheteria, vamos ter despesas, vamos ter que pagar viagem, alimentação, hotel. A ficha não caiu para muitas pessoas, inclusive da imprensa", disse ao Globoesporte.com.

"Eu venho falando isso há algum tempo, mas é bom colocar as barbas de molho. Quando voltar, sabem que o que vier de receita não é suficiente para pagar as receitas dos clubes", acrescentou.

O cartola atleticano falou ainda sobre a possível criação de uma associação de clubes de futebol com o intuito de defender os clubes na obtenção de receitas com o governo federal.

"Temos que criar uma Associação dos clubes de futebol para que a gente tenha gente competente para buscar soluções para o nosso futebol. O futebol brasileiro, hoje, é responsável por 2% mais ou menos do PIB. Ele dá milhares, talvez milhões de empregos diretos e indiretos. São jogadores, treinadores, imprensas, pessoas que trabalham nas categorias de base, clubes de lazer, torcedores. É um mundo. Como a gente não vai tratar o futebol? O futebol é tratado como se fosse a coisa menos importante do mundo", comentou.

"O futebol gera receita, impostos, milhares e milhões de postos de trabalho. Ele tem a parte de categoria de base, que dá a possibilidade de milhares de crianças praticarem esporte ao invés de irem por um caminho totalmente fora do que se deve seguir. Cadê os nossos políticos para defenderem o futebol? Tem um projeto de lei de que parece que está andando. Futebol vai precisar de linha de crédito, igual os artistas tiveram aí R$ 3 bilhões. Não adianta tapar o sol com a peneira. Eu podia ficar aqui falando, mas é gravíssimo. Podem nos ajudar, porque todo mundo tem que dar as mãos. É dirigente, jogadores, que ficam achando que vai achar advogado para sair do clube. Ele vai jogar onde? Ele vai para onde?", concluiu.

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