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Marin terá de ficar confinado em hotel antes de voltar ao Brasil

Marin terá de ficar confinado em hotel antes de voltar ao Brasil

Devido à pandemia do coronavírus, o ex-dirigente, de 87 anos, conseguiu nesta semana o direito à liberdade antes do cumprimento total da pena de quatro anos

Publicado em 2 de abril de 2020 às 18:56

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Ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin
Ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin. (Tomaz Silva/Agência Brasil)

A Justiça dos Estados Unidos determinou nesta quinta-feira que o ex-presidente da CBF José Maria Marin fique "confinado" após sair da prisão e cumpra quarentena por causa do coronavírus Só depois é que ele poderá pegar um voo e retornar o Brasil. A decisão estabelece que o confinamento terá de ser realizado em hotel ou outro tipo de acomodação em território americano.

Devido à pandemia do coronavírus, o ex-dirigente, de 87 anos, conseguiu nesta semana o direito à liberdade antes do cumprimento total da pena de quatro anos a que fora condenado. Em sua decisão, a juíza Pamela K. Chen listou entre os motivos para soltar o brasileiro a sua "idade avançada, saúde significativamente deteriorada, risco de graves consequências para a saúde devido ao atual surto de covid-19, status de crime não violento e cumprimento de 80% de sua sentença original".

Marin está detido em uma penitenciária federal de segurança baixa em Allenwood, no interior do Estado da Pensilvânia junto com outros 1.300 presos. O número de mortos por covid-19 nos Estados Unidos passou dos 5 mil, enquanto o total de casos confirmados supera os 215 mil em todo país. Cadeias estão relatando uma propagação acelerada da doença e, por isso, detentos foram libertados antes do término de suas penas.

O ex-presidente da CBF foi preso em 2015, na Suíça. Antes de ir à penitenciária de Allenwood, ele cumpriu prisão domiciliar em Nova York e ficou dez meses na Metropolitan Detention Center, cadeia no Brooklyn.

Marin foi condenado pelos crimes de organização criminosa, fraude bancária e lavagem de dinheiro cometidos no período em que presidiu a CBF, de 2012 a 2015, acusado de ter recebido U$ 6,5 milhões (mais de R$ 32 milhões pelo câmbio atual) de propina para assinar contratos de direitos comerciais da Libertadores, Copa do Brasil e Copa América.

A Justiça dos EUA condenou Marin a pagar US$ 1,2 milhão (R$ 6 milhões) e confiscou mais US$ 3,3 milhões (R$ 16 milhões) do brasileiro. Já a Fifa baniu Marin do futebol e aplicou multa de 1 milhão de francos suíços (R$ 5,4 milhões).

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