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Prefeitura no ES quer pagar R$3,3 mi para não deixar passagem subir

Prefeitura no ES quer pagar R$3,3 mi para não deixar passagem subir

As justificativas para o subsídio são as quedas do número de usuários e o aumento do curso da operação do serviço

Publicado em 25 de outubro de 2018 às 21:04

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Tranporte público - Viação Flecha Branca , em Cachoeiro. (Divulgação/Agersa)

A Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado, pretende pagar R$ 3,3 milhões à concessionária que presta o serviço de transporte público no município para impedir que a passagem aumente ainda este ano. As justificativas para o subsídio são as quedas do número de usuários e o aumento do curso da operação do serviço.

Um projeto de lei para autorizar a doação anual de R$ 825 mil, de 2018 até 2021, foi encaminhado à Câmara de Vereadores e vai ser analisado em caráter de urgência na Casa de Leis. O valor, justifica o município, seria para impedir que o valor da passagem que hoje é de R$ 3,20, vá para R$ 3,35 — tarifa técnica encontrada pela Agersa após uma reanálise dos custos.

O dinheiro, de acordo com o projeto de lei, virá metade da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Cachoeiro de Itapemirim (Agersa) e o restante da prefeitura, que fará o pagamento do subsídio anualmente. O projeto de lei será analisado em até 40 dias.

CUSTOS

O consórcio Novo Trans – que detém a concessão do serviço – é composto pelas Viações Flecha Branca, Santa Luzia, Real e Costa Sul. De acordo com o analista econômico da Agersa, Yuri Sabino, o custo total mensal informado pela instituição à agência reguladora é de R$ 3.128.835,57. Os maiores custos do serviço são 44% com pessoal, 18% com combustível e 14% com lubrificantes e rodagem.

Houve queda do número de passageiros transportados pelo sistema também, segundo o consórcio. A média mensal, que era de 1.138.750 em 2015, foi para 933.988 em 2017. Uma queda de aproximadamente 18%.

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Para o gerente de tráfego do Novo Trans, Roberto Borges, o consórcio analisa que a redução do número de passageiros pagantes foi devido ao desemprego. “Somado a alta no custo do serviço, provocou um desequilíbrio nas contas da empresa, que não está conseguindo arcar com os compromissos. Esse subsídio irá ajudar no controle das finanças e não vai onerar ainda mais os passageiros que pagam a tarifa de 3,20”, frisou.

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