> >
Paciente passa por transplante duplo inédito no Espírito Santo

Paciente passa por transplante duplo inédito no Espírito Santo

Morador do Sul do Estado recebeu um rim e um fígado

Publicado em 31 de agosto de 2018 às 16:10

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Transplante inédito é realizado no Espírito Santo. (Divulgação - Sesa)

Pela primeira vez foi realizado no Espírito Santo um transplante duplo de órgãos. O procedimento teve início na noite desta quinta-feira (30) e terminou às 5 h desta sexta-feira (31). O paciente beneficiado, morador da região Sul do Estado, recebeu o fígado e um rim do doador, que faleceu em um hospital da rede pública estadual da Grande Vitória.

Com o “sim” que a família deu para a doação dos órgãos, o doador ainda pôde salvar a vida de uma pessoa moradora da Grande Vitória, que também estava na fila à espera de um rim, e pôde doar as duas córneas, que, após processadas, poderão ajudar mais duas pessoas a recuperar a qualidade da visão.

A coordenadora da Central de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Maria Machado, explica que o paciente que passou pelo transplante duplo estava na fila à espera de um fígado, mas, devido sua grave condição de saúde, necessitava também de um rim. “Ele, inclusive, fazia hemodiálise”, informou a coordenadora.

A definição de quem receberá os órgãos doados é feita por meio de um sistema on-line do Ministério da Saúde gerenciado pelo Sistema Nacional de Transplantes, obedecendo a critérios rígidos estabelecidos pela legislação federal, entre eles compatibilidade sanguínea entre doador e receptor, estado de saúde do receptor e tempo de espera pelo órgão.

“A prioridade é dada para pacientes do estado onde o órgão foi captado. Se nenhum dos receptores for compatível, o órgão é disponibilizado para a Central Nacional de Transplantes, que fará a oferta para receptores de outros estados, obedecendo aos mesmos critérios da legislação federal”, detalhou a coordenadora.

Para Maria Machado, o paciente que recebeu os dois órgãos foi agraciado. “Estávamos diante de um caso muito complexo, em que era necessário que a compatibilidade entre doador e receptor fosse a ideal para não haver rejeição de ambos os órgãos. A condição do paciente não permitiria fazer só o transplante de fígado”, destacou.

Este vídeo pode te interessar

Além de agradecer à família doadora, a coordenadora da Central de Transplantes do Espírito Santo ressaltou o comprometimento das equipes médicas e de enfermagem envolvidas na realização do protocolo de morte encefálica do doador, no acolhimento da família e na realização da entrevista com os familiares para autorização da doação, na captação dos órgãos, no transporte e na realização do transplante.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais