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Família vai processar prefeitura após criança sair sozinha da creche no ES

Família vai processar prefeitura após criança sair sozinha da creche no ES

O menino, que tem dois anos e três meses, saiu da unidade escolar sem ser notado e andou por mais de 200 metros pela calçada, próximo à escola

Publicado em 10 de março de 2020 às 12:26

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Criança de 2 anos sai sozinho, sem ser visto, de creche em Cachoeiro. (Davi Monteiro/TV Gazeta Sul)

A família do menino de dois anos e três meses que saiu sozinho da creche onde estuda e foi encontrado há mais de 200 metros caminhando pela calçada vai processar a Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, para que responda pelo ocorrido. Um boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil e uma denúncia foi feita ao Conselho Tutelar da região.

O caso aconteceu na última sexta-feira (6) e a mãe da criança, que pediu para não ser identificada, disse que espera que a situação ocorrida com seu filho sirva de lição para que outras unidades escolares tenham atenção com a saída dos alunos. 

Aspas de citação

Ele poderia ter sido atropelado ou pego por uma pessoa de má-fé. Poderia nunca mais ter visto meu filho. Alerto aos outros pais, e até outras creches, para que tenham mais cuidados e tenham atenção com essa questão da segurança. Imagino que o caso vai ser de grande valia para todo mundo saber onde está errando

X.
Mãe do menino de 2 anos que saiu sozinho de creche
Aspas de citação

A tia do menino, Larissa da Costa, foi uma das pessoas que teve acesso às imagens da câmera de segurança da escola. Ela informou que agora tem medo de mandar o filho para a escola. “Hoje, por exemplo, eu não estou com coragem nem de mandar meu filho para creche, porque eu não sei como é essa situação. A história teve um final feliz, mas poderia não ter tido. O vídeo mostra ele saindo sozinho da sala e passando pelo segurança que estava na portaria e na mesma postura que ele estava, ele continuou. Não achou estranho e não teve nenhuma atitude com relação a uma criança de dois anos passando sozinha.”

O CASO

Segundo a mãe do menino de dois anos, tudo aconteceu por volta das 17h da última sexta-feira. Ela disse que quem percebeu que a criança não estava na escola foi o motorista do transporte escolar que é responsável por buscar o pequeno todos os dias. “Inicialmente, a escola conseguiu falar com o meu marido e disse que tinha um incidente na escola com o meu filho e que teríamos que ir buscá-lo. Mal sabíamos o que aconteceu, na hora passam várias coisas na nossa cabeça. Então, entrei em contato com o transporte escolar e fui orientada que ele não estava na sala de aula, que tinha somente a mochila e que foi nesse momento que a professora se deu conta que ele estava desaparecido", explicou.

ENCONTRADO POR MORADORES

Calçada por onde a criança de 2 anos passou após sair da creche em Cachoeiro. (Davi Monteiro/TV Gazeta Sul)

O menino foi encontrado por moradores do bairro, a mais de 200 metros da creche, já atravessando uma rua. Eles chegaram a levá-lo em um hotelzinho infantil particular, pensando que ele teria saído de lá. Mas, ao identificarem que ele não ficava na unidade, foram até a escola.

A Tuane Rezende foi quem levou o menino de volta para a escola. “Quando o vi, já tinha uma senhora que segurou ele para ele não atravessar a rua. Falaram que ele era do hotelzinho, e como já é meu percurso, o levei. Quando cheguei lá, não era. Então pensei no que fazer com ele e voltei para a escola, onde estava todo mundo preocupado, porque estavam procurando. Eles ficaram todos aliviados", disse a moradora.

A mãe da criança contou que, ao chegar na escola, às 18h, o menino já havia sido encontrado e estava dormindo. Só foi acordar em casa, segundo ela.

O QUE DIZEM PREFEITURA E CONSELHO TUTELAR

Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim informou, por nota, que a Escola Municipal Maria das Victórias Oliveira de Andrade, no bairro Jardim Itapemirim, tem controle de quem entra e sai do estabelecimento. O episódio foi um caso isolado, detectado pela câmera de segurança da escola. A Secretaria Municipal de Educação informou que apura o fato junto aos servidores envolvidos.

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O Conselho Tutelar explicou que vai pedir esclarecimentos ao município e depois irá encaminhar ao caso ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES).

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