Um vídeo que mostra o descarte de 17 toneladas de laranjas em um aterro sanitário de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, viralizou nas redes sociais e revoltou os moradores pela quantidade de frutas aparentemente, em bom estado sendo jogada no lixo.
A carga era originária do Estado de São Paulo e destinada ao município de Cariacica, na Região Metropolitana de Vitória. Foi apreendida na divisa do Espírito Santo pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) porque não possuía a Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV).
A assessoria do Idaf informou, por meio de nota, que o documento busca evitar a entrada em nosso Estado de doenças de importância econômica, como o Moko (que atacam a lavoura de banana), o cancro cítrico e o greening (que atacam lavouras de laranja, tangerina, lima e limão).
Sobre o descarte, o órgão explicou que quando não é possível assegurar a sanidade fitossanitária da carga, ela deverá ser destruída para evitar a contaminação das plantações no Espírito Santo, como consta na Lei Estadual 10.576, de 19 de agosto de 2016.
Quando existe a possibilidade de aproveitamento da carga apreendida, o Idaf busca instituições para doação, ou o aproveitamento do material para produção de farelo, utilizado na produção de ração animal. Porém, sem a documentação que certifique a qualidade fitossanitária, torna-se prioridade a segurança das lavouras capixabas, garantida apenas por meio da destruição total dos frutos.
O descarte da carga foi realizado nesta terça-feira (10), no aterro sanitário da Central de Tratamento de Resíduos de Cachoeiro de Itapemirim, localizada no distrito de São Joaquim.
ENTENDA O GREENING
O greening é a praga da cultura do citros de maior importância no mundo por ser de difícil controle e rápida disseminação, trazendo grandes prejuízos à lavoura. É causada por uma bactéria que obstrui os vasos condutores de seiva, dificultando a nutrição da planta.
Não há ocorrência de greening no Espírito Santo, e segundo o Idaf, isso é um reflexo direto da atuação da fiscalização do instituto, pois a manutenção desse status é extremamente importante para preservar a citricultura capixaba.
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