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Amigos se reúnem para limpar trecho de ferrovia desativada em Mimoso

Amigos se reúnem para limpar trecho de ferrovia desativada em Mimoso

O trabalho começou há cerca de um ano e meio, pois na ferrovia parou de passar o trem da FCA, responsável pela utilização do trecho

Publicado em 16 de julho de 2018 às 15:59

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Amigos se reúnem para limpar ferrovia em Mimoso do Sul. (José Roberto Duarte/Tv Gazeta Sul)

Um grupo de dez amigos de Mimoso do Sul, no Sul do Estado, se reúne todos os domingos para fazer a limpeza dos trilhos de trem que passam pela cidade. Eles já limparam mais de 10 km de trilhos. O objetivo é preservar o patrimônio publico ferroviário. O trabalho começou há cerca de um ano e meio, pois na ferrovia parou de passar o trem da FCA, responsável pela utilização do trecho.

A intenção dos amigos é que, no futuro, o trilho possa ser usado como forma de turismo, para que as pessoas trafeguem para outras cidades dentro de uma locomotiva. O comerciante André Mendes chegou a construir uma locomotiva, e colocou para funcionar dentro da linha férrea, mas foi obrigado a retirar a máquina dos trilhos.

O destino do grupo neste domingo foi a localidade de Inhaúma. Com um minitrem feito de sucata e motor de motocicleta, os amigos seguiram pelos trilhos. “Pra gente se deslocar de lá até aqui fica difícil. Então a gente montou po trem com a ideia de chegar no ponto o mais rápido possível com ele. Essa iniciativa seria mesmo para preservação. Mas é difícil o contato com a empresa (FCA). Só agora estou começando a ter um contato maior lá dentro”, contou André.

Os amigos conseguiram fazer a limpeza de mais de 10 quilômetros de trilhos, tudo com pás, enxadas, foice, roçadeira e claro, muito força de vontade. “Vale muito a pena, além da gente trabalhar um pouquinho agora, futuramente a gente vai ter um passeio gostoso ”, disse.

O aposentado Geraldo Gomes Venturini mora às margens da linha férrea desde 1959 e fica triste com o abandono da ferrovia. “É um motivo de muita tristeza. Me sinto muito triste de ver isso aí", lamentou.

Mas se depender do grupo, essa história não vai se perder, pois é algo que querem deixar para as futuras gerações. “Tem história do passado e a gente vai passando de geração para geração. Não queremosver isso acabar. Passar para os filhos, para os netos e por isso estamos aqui”, garantiu o pintor Carlos Delaqua.

O OUTRO LADO

A equipe de reportagem entrou em contato com a empresa que é responsável pela ferrovia, mas eles não responderam sobre a possível liberação do trecho de Mimoso do Sul.

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