Numa espécie de balanço quase que majoritariamente econômico de sua gestão à frente do Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer aproveitou a cerimônia de abertura do ano Legislativo para pedir aos congressistas que aprovem a reforma da Previdência.
Ele classificou o atual sistema de aposentadorias como financeiramente "insustentável" e "socialmente injusto". E disse que a reforma proposta pelo governo "protege os mais pobres". Ele instou os parlamentares, que desde o início do ano passado discutem o tema, a tomarem uma decisão.
"Nossas atenções estão voltadas para a tarefa urgente de consertar a Previdência. O atual sistema é socialmente injusto e financeiramente insustentável. É socialmente injusto porque transfere recursos de quem menos tem para quem menos precisa, concentrando renda. É financeiramente insustentável porque as contas simplesmente não fecham, pondo em risco as aposentadorias de hoje e de amanhã", disse - citando que no ano passado o déficit da Previdência atingiu o recorde de R$ 268,7 bilhões.
Segundo o presidente, chegou a hora de tomar uma decisão:
"A sociedade brasileira mostra-se cada vez mais consciente de que a reforma é questão-chave para o futuro do Brasil. A reforma combate desigualdades, protege os mais pobres. Responde à nova realidade demográfica de nosso País e dá sustentabilidade ao sistema previdenciário. Chegou a hora de tomar uma decisão", disse.
Ele também pregou que seja feita a reforma tributária para "desfazer o cipoal de regras que complica a vida dos empreendedores e aumenta o custo de produzir e de gerar empregos no Brasil."
O discurso fez parte da mensagem presidencial enviada por Temer ao Congresso e lida pelo primeiro-secretário da Câmara, deputado Fernando Giacobo (PR-PR). Nesse texto, o presidente afirmou que "unidos superamos a crise". A mensagem foi entregue ao Congresso pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Temer disse ainda que herdou uma crise "sem precedentes" da ex-presidente Dilma Rousseff, mas que seu governo devolveu o país ao "rumo".
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