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Porto Alegre pede apoio do Exército para julgamento de Lula

Porto Alegre pede apoio do Exército para julgamento de Lula

Prefeitura alega 'proteção ao cidadão e o patrimônio público'

Publicado em 4 de janeiro de 2018 às 17:33

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Ex-presidente Lula diz que pretende ir a julgamento . (Fernando Madeira)

O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr (PSDB), pediu apoio da Força Nacional e do Exército para atuarem na cidade no próximo dia 24 de janeiro, quando será julgado na capital o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Numa conta na internet, Marchezan Jr. explica que a atitude visa "proteger o cidadão e o patrimônio público".

Nesta data ocorrerá o julgamento da apelação de Lula no caso do tríplex do Guarujá, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

"Solicitei ao Presidente @MichelTemer o apoio da Força Nacional e do Exército Brasileiro para atuarem no dia 24. Devido as manifestações de líderes políticos que convocam uma invasão em Porto Alegre, tomei essa medida para proteger o cidadão e o patrimônio público", escreveu o prefeito.

A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, foi ao Twitter e reagiu as declarações do prefeito. Gleisi também comentou decisão da Justiça Federal de Porto Alegre, que no final do ano passado acatou pedido do Ministério Público Federal (MPF) gaúcho e determinou a proibição de acampamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) nas proximidades do tribunal. A medida já está em vigor e é válida até três dias após a decisão do Tribunal.

— Inacreditável ! É muito medo do povo. Primeiro, o MPF do RS e agora esse prefeito?!Força Nacional e Exército?! Quem está destruindo o patrimônio público e agredindo o cidadão é o governo golpista apoiado por vcs - disse a senadora na rede social.

Desde que a data do julgamento foi determinada pelo Tribunal, o Partido dos Trabalhadores (PT) vem convocando a militância para comparecer a Porto Alegre como forma de pressionar as autoridades. O ex-ministro José Dirceu chegou a chamar a data de "dia da revolta".

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Em maio passado, durante o julgamento de Lula na Justiça Federal do Paraná, também foram proibidos acampamentos e montagens de estruturas em qualquer rua ou praça de Curitiba. O MST acabou montando acampamento numa área próxima à rodoviária, num terreno particular.

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