Os candidatos ao governo do Rio trocaram acusações no programa eleitoral de rádio desta terça-feira. A equipe de Eduardo Paes (DEM) disse que Wilson Witzel (PSC) não respeitou moradores de comunidades ao dizer que, por propor o "abate" de criminosos com fuzis", foi impedido de fazer campanha nesses lugares. Já o ex-juiz atribuiu ao rival um "desprezo pelo pobre" ao reproduzir um áudio do ex-prefeito da capital com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O programa de Paes começou com a descrição de sua trajetória política e a exaltação de sua "experiência na vida pública". Segundo a campanha, só um dos candidatos ao Palácio Guanabara tem esse atributo. O candidato ressaltou que foi sub-prefeito da Barra da Tijuca, vereador, deputado federal e prefeito por dois mandatos.
"Ele gosta de todo mundo, do pobre e do rico, está sendo se misturando", diz um eleitor sobre Paes, que ainda reforçou suas iniciativas e propostas para a saúde pública, como a implementação de Clínicas da Família no estado e revitalização de hospitais.
O candidato voltou a relacionar Witzel ao prefeito Marcelo Crivella (PRB). Fechou a propaganda ao reproduzir um áudio do adversário, em que ele afirma "não ter relação com o crime organizado" depois de propor o "abate" de criminosos com fuzis e ser "impedido" de fazer campanha em comunidades.
"Candidato Witzel, respeite as pessoas que vivem na favela", diz a campanha. "No seu cargo, deveria saber que as pessoas na favela não são só criminosos", destaca um eleitor. "Eu sou negro, moro em comunidade, nem todo mundo que mora em comunidade é bandido", reclama outro.
Em seu tempo de rádio, Witzel voltou a mostrar um áudio de Paes em conversa com o ex-presidente Lula. No telefonema, o ex-prefeito destacava que "sua vida começou com Lula e (Sérgio) Cabral e terminou com Dilma (Rousseff) e (Luiz Fernando) Pezão". Em dado momento do contato, o político chama Maricá de "uma merda de lugar" e questiona a "alma de pobre" do petista. Para a campanha do adversário, a conversa denotou o "desprezo pelo pobre" de Paes.
"Você conhece o Eduardo Paes? E seu mentor? Com quem se mistura?", pergunta a campanha do PSC, que ressalta ser Witzel "quem vai limpar o Rio, quem vai passar a vassoura" no estado.
O ex-juiz lembrou sua infância marcada por mudanças de domicílios e escolas. Citou a mãe, que reforçou a ele a importância do estudo. Destacou que o pai era trabalhador e exaltou seu desejo, desde cedo, de ser um militar. No curso de Pedagogia, descobriu a vocação pelo Direito e trilhou a carreira como defensor público e juiz. Ainda assim, ele contou, "como cidadão, me sentia absolutamente infeliz" e deixou o cargo pelo "desafio gigantesco" de organizar o Rio.
Witzel ainda celebrou que "hoje é nosso dia", em mensagem aos professores, um dia depois da data comemorativa da profissão.
"Vou cuidar de você, professor, porque eu também sou, há 20 anos", frisou o candidato.
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