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Onyx usou série de notas de empresa de amigo para receber verba

Onyx usou série de notas de empresa de amigo para receber verba

Entre 80 notas, 29 foram emitidas em sequência; de acordo com informações reveladas pelo jornal Zero Hora

Publicado em 8 de janeiro de 2019 às 14:49

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O ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), usou 80 notas fiscais de uma empresa de consultoria pertencente a um amigo de longa data para receber R$ 317 mil em verbas de gabinete da Câmara dos Deputados entre os anos de 2009 e 2018. As informações foram reveladas pelo jornal Zero Hora na manhã desta terça-feira (8). Entre as 80 notas, 29 foram emitidas em sequência, o que indica que Onyx teria sido o único cliente da firma.

O ministro Onyx Lorenzoni. (Arquivo)

A empresa chamada Office RS Consultoria Sociedade Simples pertence a Cesar Augusto Ferrão Marques, técnico em contabilidade filiado ao DEM, o partido de Onyx. Marques também trabalhou em campanhas políticas do parlamentar. O jornal informa, ainda, que Marques não tem registro no Conselho Regional de Contabilidade. Ele é o responsável pela contabilidade do DEM no Rio Grande do Sul.

A empresa está inapta na Receita Federal por omissão de valores ao Fisco e tem R$ 117 mil em dívidas tributárias. Entre janeiro de 2013 e agosto de 2018, não recolheu impostos, apesar de ter emitido 41 notas a Onyx.

Ao jornal Zero Hora, Marques confirmou que trabalha com Onyx há quase 30 anos como consultor tributário. Segundo ele, o ministro não é o seu único cliente. Marques, que tem outra empresa, disse que emite parte das notas fiscais por uma empresa ou por outra devido a questões tributárias.

O que diz Onyx Lorenzoni

Em nota oficial, Onyx, ministro de Bolsonaro, informou que não há nada irregular. "A empresa sempre prestou os serviços e recebeu por eles, na forma da lei. Trata-se de consultoria tributária - não apenas para projetos meus e sim aconselhamento para todos os projetos em destaque nesta questão", afirmou, dizendo que a empresa faz o acompanhamento da execução do orçamento geral da União para fins de emendas parlamentares.

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"Com relação aos recursos da campanha eleitoral, cabe esclarecer que a empresa prestou serviços para o partido e todos os candidatos". Segundo ele, todas as contas foram aprovadas e há rígido acompanhamento sobre a questão.

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