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Manuela D'Ávila: candidatos de centro são 'jogo de marketing'

Manuela D'Ávila: candidatos de centro são "jogo de marketing"

Pré-candidata à Presidência da República, a deputada está em Vitória para endossar filiação do deputado federal Givaldo Vieira ao partido

Publicado em 16 de março de 2018 às 22:24

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Da esquerda para a direita: Jandira Feghali, Manuela D'Ávila e Givaldo Vieira. (Carlos Alberto Silva | GZ)

Pré-candidata à Presidência da República, a deputada estadual do Rio Grande do Sul Manuela D'Ávila (PCdoB) afirmou que os nomes apontados como possíveis candidatos do "centro da política" na disputa ao Palácio do Planalto são criados por "jogo de marketing", sem guardar nenhuma relação com o conceito. Ela está em Vitória nesta sexta-feira (16), com a deputada federal Jandira Feghali, do mesmo partido, para evento de filiação do deputado federal Givaldo Vieira ao PCdoB.

Hoje, o principal nome do centro é o do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Para Manuela, o tucano é "ultraliberal na economia e ultraconservador" nos costumes. Ela ainda ironizou o rótulo de "centro" a Alckmin, ao dizer que a definição só seria possível se ele fosse colocado no meio de uma sala.

"Não vejo (os nomes do centro) defendendo nada diferente de um projeto de austeridade fiscal e de redução absoluta do que é o Brasil diante de outros interesses", afirmou à reportagem durante visita à Rede Gazeta. A deputada estava acompanhada pela deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) e por Givaldo. Manuela trouxe também a filha Laura, de dois anos.

Na opinião de Manuela, todos os pré-candidatos de hoje só podem ser considerados de esquerda ou de direita.

"É uma eleição em que, até agora, não existem candidatos de centro. Centro é algo programático, não adianta ser jogada de marketing. A construção do centro político não se dará por uma peripécia de marketing, defendendo conceitos que não se aliam ao que é centro. Existe ciência na política e tem como aferir isso. Como votam, o que pensam sobre o Banco Central, sobre direitos da população, o que os inspira?", frisou.

Segundo a deputada, não há chances de ela abrir mão da candidatura para compor com outro partido, como o PT, de quem o PC do B é aliado histórico. Contudo, admite que as siglas estão no "mesmo campo político", embora guardem diferenças e ressalvas, "sobretudo na política macroeconômica". Ela disse que as diferenças ficarão mais visíveis na campanha eleitoral.

"Tenho certeza que nos diferenciam mais do PT do que diferenciam PMDB do PSDB, do DEM, do PSD e de todos esses nomes que eles mudam todas as horas", disse.

MARIELLE

A deputada federal do Rio de Janeiro Jandira Feghali faz parte da comissão externa que monitora a intervenção federal no Rio de Janeiro e da comissão que acompanha a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). Haverá uma reunião desses grupos na segunda-feira (19) com o general do Exército Braga Neto, interventor da segurança no Rio, para tratar da morte da parlamentar.

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"Não foi a esquerda que matou a Marielle. Esse crime é arrebatador. Marielle sintetiza três grandes opressões, de classe, de gênero e de raça. Ela simboliza algo muito forte. Esse povo sempre teve na mira do fuzil. Crime bate fundo na maioria do povo, sobretudo o da favela", disse a deputada, ao criticar argumentos de que a esquerda se aproveita politicamente do crime.

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