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Janot contrata crítica da Lava Jato para defesa sobre plano de matar Gilmar

Janot contrata crítica da Lava Jato para defesa sobre plano de matar Gilmar

Janot havia dito ao Estado que, em 2017, planejou assassinar Gilmar dentro do STF e depois cometer suicídio

Publicado em 1 de outubro de 2019 às 08:39

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O Procurador Geral da República, Rodrigo Janot . (José Cruz/Agência Brasil)

O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot contratou os advogados Bruno Salles, Paula Sion e Dora Cavalcanti para sua defesa no caso em que é investigado por ter planejado matar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.

Dora foi uma das mais duras críticas da Lava Jato no início da operação, quando a força-tarefa era subordinada a Janot. Enquanto comandou a defesa da cúpula da empreiteira Odebrecht, até 2015, a advogada criticou duramente a forma como a Lava Jato usava ferramentas como as da delação premiada, colaboração internacional e condução coercitiva.

Por telefone, ela confirmou que seu escritório assumiu a causa de Janot por iniciativa do próprio ex-PGR e tentou afastar o caso de suas críticas à Lava Jato. "Não tem nenhum motivo para aproximarem uma coisa da outra. Todo mundo tem direito à ampla defesa e quem foi procurado foi meu sócio Bruno Salles", disse ela.

Dora não quer, por enquanto, comentar os próximos passos da defesa. Segundo Salles, a primeira medida será pedir informações ao STF para entender quais são as acusações contra Janot. "Se for só pelas declarações que ele deu à imprensa não existe crime", disse Salles.

Segundo o advogado, seu escritório foi indicado a Janot por um cliente. "Conversamos bastante no sábado e estabelecemos uma relação de confiança", afirmou o advogado.

Janot foi alvo de uma busca e apreensão da Polícia Federal na última sexta-feira, (27), por ordem do ministro do STF Alexandre Moraes no âmbito do "superinquérito" aberto pelo Supremo para investigar a difusão de notícias falsas contra os integrantes da corte. Os policiais apreenderam uma pistola e o ex-PGR foi proibido de entrar no STF.

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Na véspera, Janot havia dito ao Estado que, em 2017, planejou assassinar Gilmar dentro do STF e depois cometer suicídio. "Não ia ser ameaça, não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele e depois me suicidar", afirmou o ex-procurador ao Estado.

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