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Haddad e Boulos se mobilizam para unir esquerda na oposição

Haddad e Boulos se mobilizam para unir esquerda na oposição

A união da esquerda foi ensaiada em diversas oportunidades desde a eleição do ano passado

Publicado em 27 de março de 2019 às 00:17

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Fernando Haddad (PT) . (Reprodução/TV Globo)

Os ex-presidenciáveis Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (PSOL) participaram de reunião em Brasília nesta terça (26) com o objetivo de unir a esquerda em oposição ao governo de Jair Bolsonaro (PSL).

A vice de Boulos na eleição, Sônia Guajajara, o governador do Maranhão, Flavio Dino (PC do B) e o ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB) também estavam no ato e assinaram manifesto que pede a libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"É urgente assegurar ao ex-presidente Lula seus direitos previstos em lei e tratamento isonômico, não se justificando a manutenção de sua prisão sem condenação transitada em julgado", afirmam.

O PDT de Ciro Gomes não participou.

"Reunidos nesta manhã em Brasília, realizamos um debate sobre o atual momento nacional, especialmente considerando o rápido e profundo desgaste do governo Bolsonaro", dizem os signatários.

"Estamos atentos e mobilizados para evitar agudos retrocessos sociais, trazidos por esse projeto de reforma da Previdência, centrado no regime de capitalização e no corte de direitos dos mais pobres", afirmam.

Ao fazerem o que chamam de defesa da soberania nacional, consideram que, "por trás do suposto discurso patriótico do atual governo há, na prática, atitudes marcadamente antinacionais, como vimos na recente visita presidencial aos Estados Unidos".

Quanto à decisão chamada de absurda de Bolsonaro de "comemorar" o golpe militar de 1964, no dia 31 de março, manifestam "solidariedade aos torturados e às famílias dos desaparecidos".

"Sublinhamos a centralidade da questão democrática, que se manifesta na defesa do Estado de Direito, das garantias fundamentais e no repúdio a atos de violência contra populações pobres e exploradas, a exemplo das periferias, dos negros e dos índios. Não aceitamos a criminalização dos movimentos sociais, uma vez que eles são essenciais para uma vivência autenticamente democrática."

A união da esquerda foi ensaiada em diversas oportunidades desde a eleição do ano passado. A insistência de Lula em manter sua candidatura até o limite e em manter o PT na cabeça de chapa, porém, afastou aliados.

Ciro foi o principal opositor ao movimento, tendo sido seguido por uma ala do PSB e de outros partidos.

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Os políticos reunidos nesta terça-feira expressaram "o desejo de ampla unidade do campo democrático para resistir aos retrocessos e oferecer propostas progressistas para o Brasil".

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