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Estado vai esperar seis meses para receber novo helicóptero

Estado vai esperar seis meses para receber novo helicóptero

Investigação da queda da aeronave já teve início e não tem prazo para ser concluída

Publicado em 13 de agosto de 2018 às 11:36

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Técnicos do CENIPA foram ao local da queda do helicóptero em Pedra Azul do Governador Paulo Hartung . (Marcelo Prest)

O helicóptero da Polícia Militar, acidentado na última sexta-feira com o governador Paulo Hartung (MDB) e a primeira-dama Cristina Gomes a bordo, levará pelo menos seis meses para ser substituído. Esse é o tempo mínimo para repor uma aeronave como essa, segundo o chefe da Seção de Segurança Operacional da Secretaria da Casa Militar, do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (Notaer), major Paolo Quintino de Lima.

Segundo ele, todas as aeronaves têm seguro e houve perda total do helicóptero que caiu. “A princípio, devemos receber uma aeronave nova. O tempo mínimo é de seis meses para repor uma máquina dessas”, disse. Ainda de acordo com o major, um helicóptero como este custa entre R$ 12,5 milhões e R$ 20 milhões, dependendo dos equipamentos instalados a bordo.

A perícia no local já foi feita no sábado, por dois militares do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa), da área do Espírito Santo, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. O órgão conduz as investigações.

“A investigação em si começa a partir de agora, mas não tem prazo para terminar. O helicóptero já foi trazido para Vitória. Os destroços vão ficar com o Corpo de Bombeiros. Eles foram liberados pela Casa Militar e os salvados, ou seja, as partes que sobraram, ficam com a seguradora.”

Lima destacou que todas as aeronaves estão operando normalmente e que no mesmo dia do acidente (sexta-feira) houve uma entrega de medicamentos e vacinas em Vila Pavão, além de dois acionamentos do helicóptero do Samu no sábado e no domingo. “As outras aeronaves estão atendendo todas as demandas de forma normal. A preocupação nossa é quando tiver que parar uma delas para manutenção. Vamos tentar fazer com que nenhum serviço seja afetado”, disse.

PILOTOS

Os pilotos envolvidos no acidente com o helicóptero que caiu em uma fazenda do Estado localizada no limite entre Domingos Martins e Venda Nova do Imigrante, tiveram a habilitação para pilotar aeronaves suspensa por tempo indeterminado. A informação foi confirmada pelo major, que explicou que a suspensão é praxe e ocorre em casos de acidente e incidentes graves envolvendo pilotos militares. A aeronave, que bateu em uma trave de futebol durante o procedimento de pouso, era conduzida pela capitã Maria Elizabeth Bergamin, e o copiloto, capitão Vargas.

“É um procedimento padrão. A partir do momento em que é feito o relatório sobre o acidente, é informado o nome da tripulação à Anac e automaticamente a habilitação deles é suspensa no sistema. Enquanto isso, eles atuarão em serviços administrativos”, frisou. “Hoje não tenho como colocar piloto exclusivo para voar. Todos os pilotos têm função administrativa”, explica.

O major ressalta que os pilotos serão submetidos a exames médicos e só então, após os resultados, voltarão a voar novamente. Ainda não há um prazo para que isso ocorra. Ele frisou ainda que a capitã Elizabeth, que era quem comandava a aeronave, atua há cerca de cinco anos no Notaer. “A atuação deles foi correta, não tenho nada a acrescentar ou retirar em relação a isso”, comenta.

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