O plano que o presidente Michel Temer acalenta de se candidatar à reeleição avançou mais uma casa no tabuleiro que o Palácio do Planalto joga de olho nas próximas eleições. Temer começou a admitir em conversas reservadas que poderá personificar o papel de candidato do governo em outubro, caso nenhum dos nomes vinculados a seu campo político decole nas pesquisas. Em paralelo, o presidente segue estimulando aliados a também testarem suas chances na disputa.
A interlocutores, Temer aponta que estrategicamente é bom que o maior número possível de aliados se coloque na corrida eleitoral, pois a pulverização enfraquece a candidatura do tucano Geraldo Alckmin. O governador de São Paulo deixou de contar com a simpatia do Planalto desde que se empenhou, nos bastidores, para que a bancada paulista votasse a favor das denúncias contra Temer, no ano passado.
Ele tem falado que quanto mais candidatos a base tiver, melhor. Mais à frente, o governo terá que escolher o que estiver mais bem posicionado. Se não for ele próprio, ele apoiará outro relatou um interlocutor.
Temer vinha se animando paulatinamente com a ideia de disputar a reeleição, e, segundo auxiliares, era candidatíssimo até a semana passada. O assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), na noite da última quarta-feira, colocou o assunto na geladeira. O governo aguarda o andamento das investigações do caso para definir os próximos passos da estratégia eleitoral de Temer.
A comoção em torno do assassinato pode abalar a aprovação inicial da população em torno da intervenção federal na Segurança Pública do Rio, uma das principais apostas de uma candidatura Temer.
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