Apesar de o governador Paulo Hartung (sem partido) ter se colocado à disposição do governador eleito Renato Casagrande (PSB) para tratar de temas relacionados à transição, o socialista não pretende encontrar o ex-aliado.
"Não estou vendo necessidade de conversa pessoal. Acho que as relações são institucionais e é isso o que importa", afirmou Casagrande em entrevista, antes da cerimônia de diplomação, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES).
Casagrande também disse que atos do atual governo que têm novas despesas como consequência, nesta reta final da gestão, não estão sendo debatidos entre as duas equipes de transição.
"Lógico que há excessos. Se nos últimos meses do governo você assina mais convênios do que assinou em todos os outros meses de governo, lógico que há um ponto fora da curva", destacou.
Em entrevista para o Gazeta Online, publicada no último domingo, Hartung declarou que "se for chamado para alguma coisa, mesmo que seja no particular, para dar minha opinião, para colocar minha reflexão, faço com o maior carinho".
Hartung e Casagrande foram antigos aliados, mas romperam em 2014, quando o atual governador lançou candidatura nas eleições, disputando contra a reeleição do socialista.
O principal motivo do embate, durante a campanha e depois na transição entre os governos foi a situação das contas públicas. Hartung alegava ter herdado o Estado sem capacidade de investimentos com recursos próprios e sem poupança, resultado contestado por Casagrande, que diz ter deixado R$ 2 bilhões em caixa.
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