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Cármen está disposta a levar julgamento de Lula noite adentro

Cármen está disposta a levar julgamento de Lula noite adentro

Previsão é de que os votos sejam extensos e há possibilidade de o resultado só ser proclamado na sessão desta quinta-feira, 5; fala do general Eduardo Villas Bôas causou desconforto entre os ministros

Publicado em 4 de abril de 2018 às 17:13

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Presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia. (Nelson Jr. / STF)

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, está disposta, se necessário, a levar noite adentro a sessão plenária desta quarta-feira (4) que vai julgar o habeas corpus preventivo impetrado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista quer aguardar em liberdade até o esgotamento de todos os recursos no caso do triplex do Guarujá (SP), ou pelo menos até uma decisão final do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Dentro do STF, a expectativa é de que a sessão seja longa, com votos extensos proferidos pelos ministros e a possibilidade de o resultado só ser proclamado na sessão desta quinta-feira (5). Conforme antecipou o Broadcast Político, o ministro Gilmar Mendes já avisou Cármen que vai antecipar a leitura do voto, já que pretende embarcar de volta para Portugal ainda nesta quarta-feira.

Cármen já cancelou a sessão administrativa que estava programada para as 18h desta quarta-feira, em que seriam discutidos assuntos internos da Corte – essa sessão foi remarcada para a próxima semana.

A presidente do Supremo quer prioridade máxima na conclusão do caso do Lula. Dentro da Corte, a avaliação é de que o adiamento do julgamento, ampliado com o feriado de Páscoa, deu fôlego para a mobilização de setores, aumentou ainda mais a pressão sobre a Corte e desgastou a imagem dos ministros perante a opinião pública.

Ao chegar para a sessão plenária, o ministro Edson Fachin afirmou nesta quarta-feira esperar que o julgamento termine na sessão de hoje. Um outro ministro ouvido reservadamente disse que ninguém no STF aguentaria mais uma semana com essa indefinição.

EXÉRCITO

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No STF, causaram desconforto as declarações do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, que manifestou nesta terça-feira (3), por meio do Twitter, o “repúdio” da Força à impunidade. “Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais”, escreveu o general.

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