> >
Câmara da Serra tem que reter R$ 28 mil por mês por contrato suspeito

Câmara da Serra tem que reter R$ 28 mil por mês por contrato suspeito

A equipe técnica do TCES apontou contratação de serviços administrativos com preços acima do praticado no mercado. Câmara diz que, na verdade, economizou

Publicado em 5 de fevereiro de 2020 às 22:25

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Câmara Municipal da Serra. (Fernando Madeira)

O presidente da Câmara da Serra, Rodrigo Caldeira (Rede), o coordenador administrativo e o pregoeiro oficial da Casa terão que  reter o pagamento mensal no valor de R$ 28.428,58 de serviços administrativos. A decisão é do Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCES), que teme lesão aos cofres públicos.

A equipe técnica da Corte apontou contratação com preços acima do praticado no mercado. A medida cautelar foi expedida após análise de manifestação técnica, encampada pelo relator, conselheiro Sergio Aboudib, e seguida pelo plenário. 

Auditores do Núcleo de Controle Externo do Tribunal se manifestaram pelo deferimento da medida, indicando “evidências fartas aptas a comprovar o quão oneroso está o contrato 11/2019, quando comparados os custos dos postos contratados pelo Legislativo da Serra com os de outros órgãos públicos municipais e estaduais do Espírito Santo”.

A metodologia adotada pelos auditores para demonstrar que os preços praticados no contrato 11/2019 estão muito superiores àqueles do mercado (especificamente no que toca aos órgãos da administração pública), utiliza, em síntese, os valores divulgados pela Tabela Seger – ignorados pela Câmara Municipal da Serra –, comprovando que as contratações firmadas pelos órgãos municipais e estaduais se encontram abaixo daqueles estabelecidos por aquela Secretaria Estadual.

Foram verificadas as contratações de encarregado, copeiro, recepcionista, garçom e apoio administrativo. “Por todo o exposto, considerando que os esclarecimentos prestados não são capazes de afastar os pressupostos autorizadores de tal medida, defiro o pedido cautelar, a fim de que os indícios de irregularidades sejam devidamente apurados nestes autos”, manifestou o conselheiro em seu voto.

O OUTRO LADO

Procurada por A Gazeta, a Câmara da Serra informou que não foi notificada sobre a cautelar do TCES, mas apresentará justificativas assim que isso ocorrer. A Casa também sustenta que a licitação feita pela atual gestão trouxe economia de aproximadamente R$ 100 mil mensais e que R$ 1 milhão foi devolvido à prefeitura. 

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais