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Atos contra projeto de abuso de autoridade reuniram mil pessoas no ES

Atos contra projeto de abuso de autoridade reuniram mil pessoas no ES

Defesa da Lava Jato também marcou protestos, que tiveram também críticas a políticos e vaia a manifestante em Vila Velha

Publicado em 27 de agosto de 2019 às 07:31

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25/08/2019 - Integrantes do Movimento Vem Pra Rua realizam um protesto contra a aprovação da lei de abuso de autoridade na orla da praia de Copacabana, zona sul do Rio, na manhã deste domingo, 25. (WILTON JUNIOR)

Contrários ao projeto de lei aprovado recentemente pela Câmara dos Deputados que criminaliza o abuso de autoridade, manifestantes pró-governo Bolsonaro saíram às ruas de Vitória e de Vila Velha neste domingo (25) para garantir que o presidente vete a proposta. O apoio ao ministro da Justiça, Sergio Moro, e as críticas aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) também marcaram a pauta dos protestos.

Desta vez não houve travessia da Terceira Ponte. Na Capital, a mobilização teve início no Quiosque 4, na Praia de Camburi, e seguiu até o Quiosque 1. A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) diz que 800 pessoas participaram do ato. Já a organização do evento estima três mil.

Em Vila Velha, o movimento saiu da Praça do Ciclista, em Itaparica, e seguiu até a praça Moacyr Loureiro, no mesmo bairro. Tanto a organização quanto a Sesp informam a participação de 200 pessoas. No último protesto, realizado em junho, cerca de 20 mil pessoas foram às ruas, de acordo com a Polícia Militar.

Para além de pedidos de veto à lei de abuso de autoridade, os cartazes traziam mensagens em prol do fim do STF e, inclusive, do impeachment do presidente Dias Toffoli. Críticas a outros ministros, como Gilmar Mendes também foram ouvidas. Moro, por sua vez, era chamado de herói. Máscaras com o rosto do ministro estavam por toda parte.

“O STF vem lutando contra o cidadão. Estamos aqui mostrando para eles que todo poder emana do povo e eles não mandam na sociedade”, afirmou Alexandra da Silva, presidente da Direita Espírito Santo, que liderou a passeata em Vitória.

POLÍTICOS

O grupo não poupou críticas ao governador Renato Casagrande (PSB), o qual acusaram de não ter concedido anistia total aos PMs que participaram da greve de 2017. O governador concedeu anistia administrativa. Na área criminal, somente o Congresso pode autorizar.

O senador Fabiano Contarato (Rede) e o deputado federal Amaro Neto (Republicanos) também foram alvos. Contarato, por se colocar contra iniciativas do governo e Amaro, por ter votado a favor do projeto de abuso de autoridade. As assessorias dos políticos foram demandadas pelo Gazeta Online, mas não enviaram respostas.

Em alguns momentos, o trio, em Vitória, ainda puxou gritos de “A Amazônia é nossa”, em referência às queimadas que vêm acontecendo, provocando repercussões internacionais.

Os participantes, em sua maioria, não comentaram as interferências do presidente da República, que têm feito com que instituições como a Polícia Federal se declarem insatisfeitas. Um manifestante, no entanto, foi vaiado ao subir no trio em Vila Velha e discursar sobre o tema.

“A Polícia Federal tem que continuar independente, o Ministério Público tem que continuar independente”, pontuou Antonio Carlos Gomes. “Não votamos no Bolsonaro para ele repetir o PT, para repetir corrupção”.

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(Com colaboração de Eduardo Dias)

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