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Associação de imprensa pede proteção a repórter que noticiou queimada

Associação de imprensa pede proteção a repórter que noticiou queimada

O jornalista vem sofrendo ameaças por parte de fazendeiros da região. Carta foi enviada ao governador do Pará, Helder Barbalho, pela ABI

Publicado em 6 de setembro de 2019 às 20:08

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Imagens da queimada na região da Amazônia brasileira, exibidas na TV Globo, em agosto de 2019. (TV Globo)

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) enviou neste domingo (1º) uma carta ao governador do Pará, Helder Barbalho, pedindo proteção ao jornalista Adécio Piran.

O profissional de imprensa é da cidade de Novo Progresso (1.643 km a sudoeste de Belém) e vem sofrendo ameaças por parte de fazendeiros da região.

Adécio Piran publicou no último dia 5 de agosto notícia revelando a intenção de produtores rurais de organizarem o "Dia do Fogo", o que de fato aconteceu no último dia 10.

Na ocasião, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) registrou uma explosão de focos de incêndio na região, segundo monitoramento do Programa Queimadas. O Ministério Público Estadual investiga o caso.

No "Dia do Fogo", a principal cidade da região, Novo Progresso, registrou um aumento de 300% no número de locais de incêndio, na comparação com o dia anterior.

Nesse dia foram verificados 124 episódios de fogo, um recorde de ocorrências até então. No dia seguinte, 11 de agosto, o número de focos saltou para 203.

Nos primeiros dias de agosto, a cidade conviveu com uma densa nuvem de fumaça.

Em Altamira, também no "Dia do Fogo", a elevação nos registros de incêndios foi ainda maior, de 743%, com 194 casos. No domingo, 11 de agosto, foram verificadas 237 ocorrências. Imagens de satélite mostram que grande parte desses incêndios está concentrada no entorno da rodovia BR-163.

Com esses números, Altamira e Novo Progresso lideraram o ranking de municípios com mais registros de fogo do fim de semana em questão, segundo o relatório diário do Programa Queimadas. Em seguida, aparecem Colniza (MT), Porto Velho (RO) e Apuí (AM).

AMEAÇAS

De acordo com a ABI, desde a publicação da reportagem Adécio vem sofrendo ameaças e uma grande campanha na região com distribuição de panfletos apócrifos com ofensas graves, além de ataques por mensagens de WhatsApp.

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A carta recebida pelo governador paraense foi assinada por Jeronimo de Sousa, presidente da associação.

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