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Apoiadores de Ciro e Haddad disputam voto anti-Bolsonaro

Apoiadores de Ciro e Haddad disputam voto anti-Bolsonaro

Pededista aposta em "onda"; PT não quer divisão na esquerda

Publicado em 4 de outubro de 2018 às 20:49

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Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT). (Montagem | Gazeta Online)

Na reta final da campanha eleitoral, apoiadores de Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT) disputam voto contrário a Jair Bolsonaro (PSL). Com a adesão de artistas e mobilizações nas redes sociais, a campanha do pedetista ainda alimenta alguma esperança de chegar ao segundo turno. No PT, o dilema dos eleitores à esquerda não pretende ser alimentado. O partido prefere deixar claro que não vê o Ciro como antagonista e que a campanha não vai explorar nenhuma polarização com candidatos que podem ser aliados para enfrentar o presidenciável do PSL. A ordem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da cadeia, é manter o discurso para os mais pobres.

Na tentativa de motivar a militância, Ciro diz que a eleição ainda está em aberto, pois cerca de um terço do eleitorado ainda não se decidiu, e só o fará no fim de semana. A campanha pontua que há dois movimentos importantes acontecendo em favor de Ciro: a adesão de artistas que antes apoiavam Haddad. Além disso, Ciro está confiante de que terá um bom desempenho no debate da Globo, na noite desta quinta-feira, e que a repercussão de sua performance na sexta e no sábado, véspera da votação, possa convencer indecisos a optarem por ele.

"(A adesão de artistas) é um movimento importante, de quem começa a ver que o Ciro é quem tem mais chances de ganhar do Bolsonaro. (Nos) ajuda porque são pessoas que têm penetração pública. Mas, além disso, tem uma onda forte acontecendo também na internet, nossa campanha cresceu muito nas redes nos últimos dias. O Ciro está conseguindo se mostrar como uma alternativa consistente à polarização. Tem muita gente indecisa ainda, e que vai tomar a decisão nesse fim de semana. O voto ainda está muito volátil", aponta Nelson Marconi, um dos responsáveis pelo programa de governo de Ciro.

No PT, a preocupação é focar na agenda econômica. Lula teve conversas nesta quarta-feira com coordenadores da campanha. A intenção é mostrar que o "pobre será incluído no orçamento". Haddad passou a dizer que Bolsonaro quer "aprofundar os atrasos promovidos por Temer", como "cortar o 13º, o Bolsa Família e cobrar imposto dos mais pobres".

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A intenção é acusar Bolsonaro de ser um presidenciável que aumentará o desemprego. O partido resolveu antecipar a disputa de um eventual segundo turno. Também está organizando uma campanha para evitar a disseminação de "fakenews" no WhatsApp. Inclusive criou o Lulazap, uma conta para recolher conteúdo propagado pelo adversário.

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