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Rebelião deixa ao menos 52 mortos em presídio no interior do Pará

Rebelião deixa ao menos 52 mortos em presídio no interior do Pará

Esta é a segunda maior rebelião com mortos do ano. Em maio, uma sequência de ataques nos presídios do Amazonas deixou ao menos 55 mortos

Publicado em 29 de julho de 2019 às 17:26

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O número de mortos passa de 50 na unidade. (Reprodução/Google Maps)

Ao menos 52 presos morreram —sendo 16 decapitados— na manhã desta segunda-feira (29) em uma unidade prisional de Altamira, no sudoeste do Pará.

Esta é a segunda maior rebelião com mortos do ano. Em maio, uma sequência de ataques nos presídios do Amazonas deixou ao menos 55 mortos.

Segundo a Susipe (Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará), órgão que administra o sistema prisional do estado, a rebelião foi registrada no Centro de Recuperação Regional de Altamira.

Segundo o governo do Pará, as mortes ocorreram durante brigas entre facções rivais que tentam controlar o presídio da cidade.

Durante a rebelião, dois agentes foram mantidos reféns, mas foram liberados no final desta manhã, após uma longa negociação mediada por policiais civis, miliares e promotores de Justiça.

De acordo com a Susipe, a confusão começou por volta das 7h, durante o café da manhã. Policiais fazem vistoria no presídio para recontar os presos e avaliar os danos na unidade.

No fim de maio, familiares de presos protestaram em frente à unidade com cartazes para pedir a transferência de integrantes de facções da unidade.

As celas são divididas entre custodiados sentenciados, provisórios e internos em situação de conflitos de convivência, diz a Susipe.

À época, a pasta negou as transferências e afirmou que estava "acompanhando em tempo real todo o movimento da massa carcerária".

MASSACRE EM PRESÍDIOS

O caso de Altamira remete a 2017, quando uma sequência de ataques em unidades prisionais deixou 126 presos mortos no Amazonas, em Roraima e no Rio Grande do Norte.

No Ano Novo de 2017, Manaus protagonizou a morte de 59 detentos no Compaj —até então, o maior massacre de presos desde o Carandiru, em 1992.

Naquele mesmo ano, a crise prisional se estendeu para outros estados. Quatro dias depois da chacina nas unidades prisionais do Amazonas, 33 presos foram assassinados no maior presídio de Roraima, a Penitenciária Agrícola de Monte Cristo.

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Também no início de 2017, um motim deixou pelo menos 26 mortos, decapitados ou carbonizados, na penitenciária de Alcaçuz, em Nísia Floresta, a maior do Rio Grande do Norte.

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