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Preso por não pagar pensão alimentícia morre dentro do CDP de Cachoeiro

Preso por não pagar pensão alimentícia morre dentro do CDP de Cachoeiro

Nilson Quirino dos Santos, de 38 anos, chegou a ser socorrido para a Unidade de Pronto Atendimento, mas não resistiu

Publicado em 23 de abril de 2019 às 14:00

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CDP de Cachoeiro. (Arquivo)

A polícia investiga a morte de um detento do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado. O fato ocorreu na último domingo (21). Nilson Quirino dos Santos, de 38 anos, chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Entre outras causas da morte, a certidão de óbito apontou traumatismo.

A companheira de Nilson, a dona de casa Daniela da Silva, de 23 anos, contou que soube da morte dele na noite de domingo após receber uma ligação informando que ele havia passado mal. “Eles falaram que ele havia passado mal no sábado e que teria sido levado para o Centro de Atendimento Psiquiátrico Aristides Alexandre Campos (Capaac) e depois retornaram para o CDP. E que no domingo ele passou mal de novo, com alucinações e levaram para o Capaac de novo, ele teve convulsões, foi levado para o UPA e depois veio a óbito. Foi o que falaram comigo”, contou.

Preso por não pagar pensão alimentícia morre dentro do CDP de Cachoeiro

Daniela ainda disse que Nilson havia sido preso por não pagar pensão alimentícia e que nunca havia tido alucinações. “Achei estranho, pois ele nunca havia dado isso. Um funcionário do Serviço Médico Legal me disse que era homicídio, que alguém havia matado ele e que está sendo investigado”, disse.

A certidão de óbito apontou que a causa da morte foi anemia aguda, volumoso hematoma bilateral, traumatismo de tórax e ação contundente.

O OUTRO LADO

Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) informou que Nilson Quirino dos Santos deu entrada no Centro de Detenção Provisória de Cachoeiro do Itapemirim (CDPCI) em 17 de abril através de mandado judicial. E que no dia 21 de abril, ao passar mal, foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento do município, onde recebeu todos os cuidados para seu quadro clínico.

Todas as providências para o atendimento do interno foram tomadas, entretanto, apresentou piora do estado de saúde, vindo a óbito no local. A Sejus lamentou a morte e aguarda o laudo do Instituto Médico Legal (IML). Após o laudo, se necessário, novos encaminhamentos serão realizados.  

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A Polícia Civil também confirmou que aguarda a divulgação do laudo. 

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